Nesta corrida presidencial influenciada pelas investigações contra a corrupção, existem muitas incertezas ainda, faltando pouco mais de 5 meses para as eleições.
Joaquim Barbosa, do PSB, ainda não se decidiu se vai concorrer, apesar de estar identificado com a Lava Jato e a moralidade. Por não ser político de formação, ainda não se sabe o que pretende fazer, mas suas ideias mostraram ser contraditórias. Puniu os mensaleiros com rigor, mas durante o impeachment de Dilma simplesmente criticou esse mecanismo legítimo e respaldado na Constituição para punir os maus governantes.
Geraldo Alckmin não é candidato oficializado pelo PSDB e ainda precisa vencer resistências internas, além de ter a incômoda fama de ser apagado demais, o tal "picolé de chuchu", mas admirado pelos simpatizantes justamente por não ter um perfil de populista. É investigado pela Lava Jato, mas não é o de pior situação na legenda.
Ainda há indefinição entre Michel Temer e Henrique Meireles no MDB. Temer quer concorrer a um novo mandato, mas sua situação é muito preocupante: caso se tornar candidato, não terá votos suficientes pois a grande massa eleitoral dificilmente votará nele, e se o MDB escolher Meireles, o presidente não escapará dos ataques, que prometem ser pesados e agressivos.
Fala-se muito de uma coalizão entre os candidatos ditos "socialistas" ou "progressistas", caso o PT não tenha um nome forte. Ciro Gomes (PDT) quer Marina Silva (Rede) como vice, mas a imprensa a vincula com Joaquim Barbosa.
Também se fala numa aliança dos "centristas" do PSDB e MDB, com os liberais do DEM, todos favoráveis às reformas trabalhista e previdenciária, rejeitadas pelos "progressistas", mas nada há de concreto.
Todas as forças acima estão muito preocupadas com a candidatura de Jair Bolsonaro. Ele também não é candidato oficial pelo PSL, embora seja tratado como tal.
Mais certo do que tudo isso é a impossibilidade de Lula ser candidato, pois está agora na cadeia e condenado em segunda instância, portanto enquadrado, também, na Lei da Ficha Limpa.
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