Já faz algum tempo que as lâmpadas de LED estão a dominar o mercado nos países desenvolvidos e, mais recentemente, também no Brasil.
Até há pouco, o Brasil era um dos maiores mercados de lâmpadas incandescentes, ainda hoje chamadas de "comuns". Em 2016, esse tipo de lâmpada está proibido, para potências acima de 25 W. Caracterizava-se pelo baixo preço, mas também pela eficiência energética ridiculamente baixa (cerca de 5%) e boa parte da energia elétrica utilizada é para aquecer o filamento de tungstênio, gerando muito calor. Não deixam saudade em ninguém.
Depois, houve o breve reinado das lâmpadas fluorescentes. Seu preço maior em relação às antigas incandescentes é compensado pela maior durabilidade e menor consumo, pois dependem de dois eletrodos, fósforo e de uma mistura de gases - argônio e vapor de mercúrio - que se transforma em plasma por indução dos eletrodos e libera radiação ultravioleta, a qual por sua vez passa pelo fósforo e é convertida em luz branca. Uma lâmpada de 34 W equivale a uma incandescente de 100 W, ou seja, três vezes mais. Porém, seu descarte é ainda mais perigoso, pois além do vidro, os compostos de mercúrio e fósforo são muito tóxicos à saúde. Além disso, são longe de serem um primor de eficiência, além de alterarem demais as cores do ambiente, quando em funcionamento. Em 2017, já deixaram de ser as mais vendidas.
Uma lâmpada de 12 W vendida no comércio; é mais brilhante do que uma daquelas lâmpadas antigas incandescentes de 100 W (Divulgação/Cirilo Cabos) |
Sucessoras das lâmpadas anteriores, as de LED ainda são relativamente caras, mas compensam pela eficiência e durabilidade. Aquela lâmpada fluorescente de 34 W pode ser substituída por uma lâmpada de LED de 11 W. Essa economia é devido ao uso de diodos semicondutores de LED, que emitem luz praticamente monocromática com alta eficiência energética, ou seja, mais luz e menos calor. Não precisam de compostos de mercúrio nem fósforo, sendo menos perigosas ao meio ambiente. Essas vantagens conquistaram os consumidores.
Temos atualmente todas as formas de lâmpadas de LED, para substituir as fluorescentes, tanto as de tubo quanto as compactas. O maior obstáculo ainda é pagar cerca de R$ 40,00 por uma única lâmpada tubular de 9 W, equivalente àquelas de 20 W usadas nas casas. Mas isso tudo é compensado pela maior durabilidade, eficiência, segurança e pelo fato de não precisar de reator para funcionar. Além disso, as geladeiras, antes reduto exclusivo das incandescentes, podem ser equipadas com lâmpadas de LED para iluminarem seus interiores quando abertas. Só não são aplicáveis à iluminação de fogões mais antigos, onde as lâmpadas ficam expostas às altas temperaturas, situação na qual o LED tem sua vida útil seriamente reduzida.
Ainda há um problema a resolver para este mercado: existem muitas lâmpadas sem certificação ainda à venda. A imposição do selo da Inmetro é muito recente, de acordo com as normas da portaria n. 221 (maio de 2016) disponível no site inmetro.gov.br. Comprar lâmpadas não certificadas aumenta em muito o risco de falhas no funcionamento e curto-circuitos.
N. do A.: Hoje é sexta-feira 13 e desta vez este blog não vai postar nada com conteúdo sobre esta data folclórica, mesmo porque todo dia, no Brasil de agora, é de azar, com todos os problemas já denunciados neste espaço ao longo dos anos.
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