sexta-feira, 27 de abril de 2018

Da série 'Noventolatria', parte 14 - Carros nacionais da década de 1990 (parte 2)

Continuando a abordar os carros nacionais da década de 1990, este blog vai mostrar quais deles se destacaram. A primeira parte só mostrou veículos de duas marcas: Fiat e Chevrolet. Chegou a vez das demais. 


10. FORD ESCORT (fabricado entre 1983 e 2003)

Este é o XR3 no início da década de 1990; depois da reestilização, esta icônica versão não foi mais oferecida
O que dizem os fãs: 
- Carro bonito, que dá status nas versões de luxo (Ghia) e esportiva (XR3);
- O XR3 é um esportivo de verdade, principalmente o 1.8 a álcool e, depois, o 2.0 que equipava o Gol GTi; 
- A versão conversível é inigualável em charme;
- Com o tempo, se tornou ainda melhor, acompanhando as exigências de modernidade; 
- Deu origem a carros de sucesso: o Verona da Ford e os Volkswagen Apollo, Logus e Pointer; este último foi o carro mais bonito do mercado;
Pointer, a versão do Escort mais badalada dos anos 90 - mas era um Volkswagen
Logus, outro derivado do Escort montado na Volkswagen
- Em 1997 ficou mais luxuoso e ganhou o motor mais moderno da época, o Zetec 1.8 16V, potente e econômico.

O que eles não dizem: 
- Os motores VW 1.8 usados no Escort eram só uma das várias maluquices criadas pela Autolatina, que só arruinou os modelos; na versão a gasolina, eram quase tão fracos quanto o antigo CHT;
- As derivações podiam ser badaladas, mas eram um fracasso de vendas, tanto que Logus e Pointer só foram fabricados por 3 anos, entre 1993 e 1996;
- O Kadett GSi tinha uma versão conversível, e com motor mais potente;
- A versão Ghia ficava devendo muito em equipamentos e era cara como um Santana, um carro bem maior e luxuoso;
- Os motores 1.8 16V eram lerdos em baixas rotações.

Considerações: 
O Escort não chamava tanto a atenção quanto nos anos 1980, mas foi o responsável por vários modelos saudosos, como o Logus e seu porta-malas enorme, e o arrojado Pointer, além do luxuoso Verona, este um Escort 3 volumes bem mais feio que os outros. Inaugurou o conceito de carro popular na montadora americana, com o Escort Hobby, embora fosse de uma categoria superior à de Uno e Gol. Fez bastante sucesso também na década de 1980, e o fim da Autolatina, em 1996, fez o carro embarcar de vez na modernidade, embora tivesse perdido o XR3 e sua versão conversível. Ou seja, ganhou e perdeu muito. Naquela época, o Focus já estava no mercado europeu, e seria o responsável pela aposentadoria deste Ford, aos 20 anos de idade - mas nunca teria o mesmo sucesso.


11. FORD KA (fabricado desde 1997)

Este é um Ka 1997, fotografado recentemente; seu estilo ainda pode ser considerado "modernoso"
O que dizem os fãs: 
- Verdadeiro divisor de águas para a Ford devido à sua modernidade, tanto no estilo quanto no interior;
- Tinha o melhor motor 1.0 da época, o RoCam de 65 cv, garantindo desempenho com economia;
- O acabamento era típico da Ford daquela época;
- Não existia carro popular mais simpático, com o seu formato de joaninha.

O que eles não dizem: 
- O espaço interno do carro era mínimo, assim como o porta-malas quase inútil;
- Tinha um painel bonito, mas faltava muitos instrumentos;
- A aparência era frágil e o carro não se impunha no trânsito;
- Os motores do Ka (1.0 e 1.3) eram fracos antes da chegada do Rocam. 

Considerações: 
Um dos carros mais modernos do segmento popular, foi o protagonista de um dos mais marcantes comerciais de automóveis na década de 1990, ao lado daquele dos peixinhos contracenando com a Fiat Palio Weekend. Quem comprava um Ka convivia com um estilo bem diferente dos outros, mas cobrava seu preço: aperto para os passageiros e porta-malas minúsculo. Com o tempo, o Ka perdeu seu apelo "modernoso" e se tornou mais um carro pequeno no mercado. Agora é um carro bem maior, chamado de Ka+, um sedã.


12. FORD FIESTA (fabricado desde 1995)

Pouco depois do lançamento, o Fiesta ganhou este facelift, cujo resultado estético dividiu opiniões
O que dizem os fãs: 
- Primeiro carro realmente pequeno da marca norte-americana;
- Tinha a melhor relação entre estabilidade e conforto, sendo um carro mais seguro do que os concorrentes;
- O acabamento na década de 1990 era bastante caprichado;
- Em 1999, foi equipado com os melhores motores de baixa cilindrada, os RoCam 1.0 e 1.6; este último tinha 95 cv;
- Antes, tinha o excelente motor 1.4 de 88 cv.

O que eles não dizem: 
- Os Fiesta comuns tinham motores anêmicos 1.0 e 1.3;
- O motor 1.4 era de 16 válvulas, e só era bom na estrada; 
- O espaço interno e de porta-malas não eram favoráveis a se fazer uma viagem;
- Era até simpático quando foi lançado, mas no ano seguinte fizeram um facelift desastroso, que o tornou feio;
- Demorou muito para ter uma reestilização decente, e só aí recebeu os motores RoCam; 
- A marcha-lenta era irritante, deixava o carro em alta rotação gerando barulho e atrapalhando a condução.

Considerações: 
Primeiro carro popular da Ford, o Fiesta se destacava pela qualidade de construção, agilidade no trânsito e comportamento nas curvas, além de dar pouca dor de cabeça na manutenção, garantia de seu sucesso até hoje. Melhorou bastante com os motores RoCam em 1999, mas continuava a fazer os passageiros padecerem com falta de espaço - esse defeito nunca foi completamente solucionado. Era o primeiro produto realmente novo quando a Ford e a Volkswagen ainda estavam reunidos na Autolatina.


13. VOLKSWAGEN GOL (fabricado desde 1980)

Era o auge do sucesso do Gol, que ganhou até uma versão 2.0 de 16 V, que ultrapassava os 200 km/h
O que dizem os fãs: 
- Ainda como Gol "quadrado", tinha o primeiro esportivo com injeção eletrônica, o Gol GTi;
- Sempre contava com o excelente câmbio e o motor AP; não é a toa que só havia um campeão de vendas nos anos 90;
- Em 1994, se tornou o Gol "bolinha", ficando ainda melhor e mantendo a qualidade mecânica;
- Tinha uma versão incrível, o Gol GTI 16V, com seu motor de 137 cv, deixando os outros esportivos "comendo poeira";
- Ficou ainda melhor na "terceira geração", e antes disso foi equipado com quatro portas.

O que eles não dizem: 
- O Gol "quadrado" era um martírio para os passageiros do banco traseiro, e o porta-malas era ridículo;
- Em 1990, mais uma invencionice da Autolatina: equipar os Gol mais baratos com aquele motor CHT do Escort, uma peça de museu que o tornou lerdo na estrada;
- O Gol GTi perdeu desempenho demais quando instalaram o catalisador, obrigatório a partir de 1992; 
- Tinha uma versão "popular", o Gol 1000, carro de desempenho pífio e ausência de equipamentos básicos, como um simples retrovisor direito;
- Aquela "bolha" no Gol GTI 16V era anti-estética;
- As versões menos caras tinham acabamento muito pobre.

Considerações: 
Continuava a ser um veículo campeão de vendas, passando a década inteira no topo. No início da década, o Gol quadrado tinha as qualidades mecânicas e a versão GTi, um dos mais marcantes esportivos daquele tempo; com a reestilização, manteve suas qualidades e amenizou seus defeitos, como o espaço interno atrás e o porta-malas; o saudoso GTI 16V tinha aquela "bolha" no capô pois o motor 2.0 de dezesseis válvulas era muito grande para o pequeno espaço disponível na frente. Em meados da década, havia versões do Gol para todos os gostos e bolsos, e isso ainda ficou mais diversificado quando passou a receber quatro portas e motor 1.0 de 16 válvulas, mas as versões começaram a diminuir em quantidade com a reestilização de 1999, a "terceira geração" ou Gol III, na verdade o mesmo Gol "bolinha" com alterações na frente e na traseira. A perua Parati e a picape Saveiro acompanhavam a evolução do Gol, e também eram um sucesso, principalmente depois da reestilização; em 1997, para aproveitar o melhor espaço interno e satisfazer os consumidores, a Parati ganhou portas traseiras.


14. VOLKSWAGEN GOLF (fabricado desde 1998, com intervalos)

Por aqui, o Golf se tornou um objeto de consumo
O que dizem os fãs: 
- Era um sucesso de vendas quando importado para o Brasil, graças ao preço relativamente acessível e à qualidade Volkswagen;
- Com a reestilização, ficou imponente e ganhou uma versão 1.8 turbo de 150 cv;
- O Golf nacional é tão bom quanto o alemão na qualidade de construção;
- Carro muito seguro e robusto, dava status

O que eles não dizem: 
- O seguro do Golf era absurdamente caro, pois ele era muito visava pelos ladrões;
- Porta-malas pequeno demais para o tamanho do carro, e o espaço no banco traseiro não era muito maior do que o do Gol;
- O acabamento do Golf 1.6 era simples demais, e piorou quando foi nacionalizado;
- O motor 1.6 de 101 cv era chocho demais para o Golf; apenas o 1.8 turbo era atraente, mas equipava uma versão cara demais; 
- Com o tempo, o Golf perdeu a sincronia com o resto do mundo, ficando rapidamente ultrapassado, e só voltou a ser uma referência de modernidade recentemente.

Considerações: 
Em sua história, o Golf foi o best-seller da Volkswagen mundial, vendendo mais do que o imortal Fusca. Veio para o Brasil ainda importado, em 1994, conquistando os consumidores por ser uma opção de custo relativamente baixo e ter mais tecnologia do que os Volkswagen fabricados aqui; quando foi nacionalizado o Golf chamou a atenção, principalmente a versão GTI com motor turbo, um dos carros mais velozes e cobiçados, embora não tivesse a versão de duas portas disponível no exterior; com o tempo, ficou espaçoso atrás e ganhou mais tecnologia, mas o segmento de hatches médios perdeu força, devido ao preço muito alto.


15. VOLKSWAGEN SANTANA (fabricado entre 1984 e 2006)

Em 1991, o Santana passou por uma reestilização para enfrentar os importados, mas não demoraria para voltar a ser considerado obsoleto
O que dizem os fãs: 
- Primeiro carro de luxo da Volkswagen, a versão GLS era o carro mais luxuoso do início da década de 1990 e ainda ganhou uma versão com injeção eletrônica;
- Em 1991, sua reestilização o deixou apto para enfrentar os concorrentes importados;
- Foi sempre mais robusto e confiável do que seus concorrentes nacionais, Tempra, Ômega e Vectra;
- Primeiro carro nacional a vir com ABS;
- Sua versão perua, a Quantum, era campeã de vendas mesmo com a concorrência acirrada.

O que eles não dizem: 
- Mesmo com a reestilização, mal feita por sinal por manter a estrutura da cabine e suas antiquadas portas, o Santana era uma carroça ultrapassada e antiquada;
- A versão GL perdeu esportividade com a reestilização, e ficou parecida demais com a versão básica, CL;
- Os motores AP não tinham a tecnologia dos concorrentes, principalmente se comparados aos 2.0 16V do Vectra e do Tempra;
- Com o tempo, só os taxistas se interessariam pelo Santana; 
- A Autolatina criou uma versão Ford para o Santana, o Versailles, um carro fracassado, sem o requinte do antigo Del Rey; lançaram ainda uma cópia mal feita da Quantum, a Royale, com apenas duas portas.
Versailles, a versão Ford do Santana para substituir o Del Rey
Considerações: 
O Santana tentou se adaptar à "invasão" dos importados e dos concorrentes mais avançados, como o Tempra, o Ômega e o Vectra, e sobreviveu apenas devido à sua robustez mecânica, ao câmbio de engates precisos e à fidelidade de seu público. Em 1991, após a sua reestilização, a Ford lançou o Versailles, que só durou de 1991 a 1996, e não tinha personalidade própria, além de ser muito diferente do recém-aposentado Del Rey, uma versão do Corcel cujo forte era o acabamento primoroso, melhor até do que o do Santana mais caro. Em 1999, o Santana ganhou mais requinte e perdeu os antiquados quebra-ventos. A perua Quantum resistiu bem à concorrência pelos mesmos motivos do sedã, mas se tornou bastante datada e foi tirada de linha em 2002. O Santana viria a ter o mesmo destino só em 2006, graças à popularidade entre os taxistas, por ser um carro espaçoso e de mecânica simples.


 16. TOYOTA COROLLA (fabricado desde 1998)

Campeão de vendas no mundo, o Corolla começou a ser vendido como importado e demorou a se nacionalizar
O que dizem os fãs: 
- Verdadeiro representante dos carros japoneses, conciliando tecnologia, desempenho, economia e manutenção barata;
- Foi o primeiro Toyota nacional;
- Antes, fazia sucesso como importado, sendo um dos mais vendidos; 
- Se alguém prezasse o bolso, precisava considerar o Corolla, pois "não gostava" dos frentistas e dos mecânicos;
- Vinha com air-bag de série, e principalmente nas versões mais caras tinha muitos equipamentos, como ar-condicionado automático e CD Player.

O que eles não dizem: 
- A versão mais barata do Corolla, o XLi, era tão "pelada" que isso poderia ser considerado um atentado ao pudor: não vinha nem com conta-giros, e nem ar-condicionado;
- Mesmo a versão SE-G, a mais cara, não tinha requinte no acabamento, com muito plástico, embora seja de boa qualidade;
- Os air-bags eram "assassinos", motivando um recall;
- Nas raras vezes que dava defeito, era um desafio para os mecânicos;
- Não era o primeiro Toyota nacional: o jipe Bandeirante, uma máquina grotesca e barulhenta, era fabricado aqui.

Considerações: 
O Toyota Corolla continua sendo um sucesso, e em sua história vendeu mais do que o Fusca. Importado a partir de 1991, chamou a atenção pela qualidade de construção, motores potentes e econômicos, e baixa manutenção. Essas qualidades foram mantidas quando o Corolla passou a ser fabricado, ainda quando o jipe Bandeirantes, equivale à (muito mais requintada e moderna) Land Cruiser, era fabricado aqui. Desde então, passou a dominar o mercado de sedãs médios, juntamente com o seu arquirrival, o Honda Civic.


17. HONDA CIVIC (fabricado desde 1997)

O Civic foi o pioneiro entre os carros de passeio de origem nipônica no Brasil
O que dizem os fãs: 
- Primeiro japonês a ser fabricado aqui, em 1997, antes do Corolla;
- Honrava a qualidade japonesa, oferecendo mecânica confiável e barata e motores avançados, potentes e econômicos;
- Já vinha bem equipado desde a versão mais simples, com sistema de som e direção hidráulica;
- Confortável ao rodar e tinha mais espaço interno do que o concorrente da Toyota;
- Tinha uma versão arrojada, o VTi, com motor de 160 cv e comando de válvulas variável, fazendo-o ser um dos melhores esportivos para quem não tinha dinheiro para comprar uma macchina de elite, como Ferraris, Porsches, Lamborghinis e o NSX, este também um Honda; 
- Foi sempre um duro concorrente para qualquer nacional, mesmo o Vectra.

O que eles não dizem: 
- Como já foi exposto, já havia no mercado aquele monstro já citado, o Toyota Bandeirante, verdadeiro kaiju sobre rodas; e Honda era sinônimo de moto, e não de carro;
- O motor 1.6 do Civic nacional estava longe de entusiasmar, com seus parcos 106 cv;
- O acabamento não tinha luxo algum, embora fosse de boa qualidade, e tinha muito plástico; para a versão mais cara, o EX, isso era imperdoável;
- A versão VTi nunca foi produzida aqui e não era assim tão valente: em baixos giros, seu motor era um "bicho-preguiça" ou um daqueles Pokemons apáticos do tipo Slowpoke ou Psyduck, só acordando quando se pisava com vontade no acelerador;
- Os hatches e os cupês sempre tinham mais apelo, enquanto por aqui só fabricam os sedãs, considerados sem graça até a reestilização de 2006.

Considerações: 
Agradou em cheio quando foi apresentado ao público, durante a liberação das importações com o governo Collor (1990 a 1992), e a Honda, montadora famosa pelas suas motocicletas, já estava se preparando para fabricar automóveis. Somente em 1997, o Civic nacional deixou de ser uma promessa, conciliando preço razoável e qualidade de construção; infelizmente, com motor 1.6 sem apelo esportivo, apenas mais potente na versão EX, como equipamento opcional; mesmo na modesta versão sedã, o Civic se tornou um páreo duro para a concorrência; em 2006, como modelo 2007, ficou bem mais moderno e impressionante, se tornando líder de vendas na categoria, mas sempre em dura disputa com o eterno rival, o Corolla.


18. AUDI A3 (fabricado entre 1999 e 2006)

O Audi A3 foi concebido para ser um carro de três portas, mas o mercado exigiria uma versão com cinco
O que dizem os fãs: 
- Primeiro (e único) modelo da Audi a ser montado aqui;
- A qualidade de construção era a mesma do modelo alemão, e seu estilo transmitia esportividade;
- É verdade que compartilhava a plataforma do Golf, mas não podia ser comparado a ele: era mais bonito e arrojado, tinha mais equipamentos, como ar-condicionado com regulagem independente, e suspensão mais moderna;
- Para um Audi, até que não era caro: cerca de R$ 40.000.

O que eles não dizem: 
- Este Audi era apertado para os passageiros, principalmente no banco de trás;
- Por ser menor do que os Audi A4, A6 e A8, este sim dignos da marca, não dava tanto status;
- O motor 1.8 não tinha potência (125 cv), e o Audi perdia feio da concorrência, como o 318i, da BMW, não fabricado aqui;
- Não conseguia esconder a sua origem Volkswagen;
- Perdeu apelo esportivo ao ganhar portas traseiras, no ano 2000.

Considerações: 
Em 1999, as montadoras alemãs de carros de luxo fabricaram aqui os modelos mais simples. A Audi, em São José dos Pinhais (PR), montou o A3 e a Mercedes, em Juiz de Fora (MG), fez o mesmo com o minúsculo Classe A, que parecia uma microvan. Enquanto o A3 fez relativo sucesso, o Classe A não agradou e foi tirado de linha após amargar baixas vendas, em 2005. O Audi A3 já chamava a atenção quando foi lançado, mas só em 2000 passou a ter o mesmo motor 1.8 Turbo do Golf GTI, que lhe dava o desempenho negado pela versão aspirada; mais tarde, para atrair mais públco, também passou a ser equipado com o fraco motor 1.6 de 101 cv.

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