Finalmente, os Castro deixaram de exercer diretamente o poder na ilha caribenha.
Infelizmente, para quem tinha ilusões de que Cuba iria experimentar um pouco de liberdade, não quer dizer muita coisa.
Cuba continuará a ser um país obediente às diretrizes antigas, um socialismo adaptado por Fidel Castro, El Comandante, morto em 2016. Fidel implantou um sistema de saúde eficiente e diminuiu drasticamente o analfabetismo, mas isso teve um preço alto demais: execuções de opositores, isolamento e embargo econômico imposto pelos Estados Unidos. Este último serviu de pretexto para os Castro justificarem as dificuldades crescentes vividas pelo país.
Miguel Díaz-Canel, o sucessor de Raúl Castro, não trará a renovação política a Cuba (AFP) |
Miguel Díaz-Canel, o novo presidente, é fiel aos Castro até a medula, e terá poderes bem limitados, pois Raúl Castro exercerá o cargo de secretário-geral do Partido Comunista, e o filho deste, Alejandro Castro Espín, é comandante das Forças Armadas. Ou seja, para os oposicionistas, quase todos exilados, e para muitos líderes das potências, Canel é uma marionete do antigo comandante.
Logo, por enquanto não há perspectivas de uma mudança real para a ilha que nunca conheceu a democracia, nem antes de Fidel: Cuba era governada pelo tirano Fulgêncio Baptista, acusado de parasitar o país através de sua ditadura corrupta, até ser derrubado pela Revolução.
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