O presidente Michel Temer fez um pronunciamento nacional às vésperas do feriado de Tiradentes, 21 de abril. Lembrou mais uma vez o exemplo do "mártir da Independência", enforcado em 1792 por ser um dos mais ativos integrantes da Inconfidência Mineira, e sua contribuição para a formação da nossa pátria. Aludiu ao respeito à Constituição, sempre vilipendiada desde a sua criação há quase 30 anos, e sua importância para a garantia da liberdade e da democracia, e também se referiu à imagem do Brasil no cenário internacional. A partir daí, o discurso foi para outra direção.
Começou a dizer "É fácil bater no Michel Temer". E passou a, com o perdão de se usar um jogo de palavras tão pobre, criticar os críticos. Listou todas as suas realizações, em tom fortemente defensivo, desde os juros mais baixos até uma área de preservação ambiental supostamente do tamanho do Mato Grosso. A conferir. Também falou sobre a "disputa irracional que busca jogar uns contra os outros", embora o presidente não seja a pessoa com mais força ou condições para apaziguar os ânimos dos contendores, partidários de diversas bandeiras, por Lula, pela Lava Jato, pelos socialistas ou pelos conservadores. No entanto, esse clima de disputa está superestimado, visto e sentido mais nas redes sociais do que no cotidiano do país.
Era esperado que não falasse nada a respeito da corrupção ou do fato de ter sido denunciado por corrupção, mais uma vez lembrando que ele ainda nem foi indiciado e não há nada para justificar um agora inútil processo de impeachment.
No final, voltou a falar da condenação de Tiradentes e de sua luta por um "Brasil livre, forte e independente". Esse trecho ficou meio fora do contexto do discurso, mas os jornalistas interpretaram isso como uma tentativa de se igualar ao ativista mineiro cujo nome verdadeiro é Joaquim José da Silva Xavier. Alguns mais sarcásticos o compararam a outro Joaquim, o Silvério dos Reis, tido como o principal traidor da Inconfidência. De fato, Temer, para muito, foi o traidor da ex-presidente Dilma, que também não podia ser comparada a Tiradentes - outros poderiam aproveitar para compará-la a outra personagem da época, a rainha Maria I de Portugal, conhecida como "a louca".
Em suma, mais um pronunciamento em sua própria defesa, sem muita coerência de ideias, e com forte tom de campanha política. Temer está querendo a reeleição, mesmo com sua impopularidade de 70%, mais pela própria falta de carisma e pelas pessoas que o cercam do que pelos indicadores socio-econômicos, em processo de melhora desde o impeachment de 2016.
No final, voltou a falar da condenação de Tiradentes e de sua luta por um "Brasil livre, forte e independente". Esse trecho ficou meio fora do contexto do discurso, mas os jornalistas interpretaram isso como uma tentativa de se igualar ao ativista mineiro cujo nome verdadeiro é Joaquim José da Silva Xavier. Alguns mais sarcásticos o compararam a outro Joaquim, o Silvério dos Reis, tido como o principal traidor da Inconfidência. De fato, Temer, para muito, foi o traidor da ex-presidente Dilma, que também não podia ser comparada a Tiradentes - outros poderiam aproveitar para compará-la a outra personagem da época, a rainha Maria I de Portugal, conhecida como "a louca".
Em suma, mais um pronunciamento em sua própria defesa, sem muita coerência de ideias, e com forte tom de campanha política. Temer está querendo a reeleição, mesmo com sua impopularidade de 70%, mais pela própria falta de carisma e pelas pessoas que o cercam do que pelos indicadores socio-econômicos, em processo de melhora desde o impeachment de 2016.
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