Donald Trump mandou inaugurar a nova embaixada americana em Jerusalém, como prometeu - agradando a Benjamin Netanyahu (na foto à direita de 2017 junto com Trump - fonte: Ronen Zvulan/Reuters) |
No dia 14 de maio de 1948, Israel voltou a ser um país independente após um período de dominação romana seguido de séculos de exílio após as grandes campanhas de destruição de Jerusalém em 70 e 135.
Para os israelitas, o dia foi glorioso, pois foi o fim de uma grande luta por um Estado independente. Para os árabes, que estavam ocupando as terras desde o século VII, era um acontecimento terrível, daí o dia da fundação do Estado Hebreu ser considerado o Nakba, o "dia da catástrofe".
Desde então, Jerusalém se tornou um palco de disputas religiosas e políticas, pois hebreus e muçulmanos palestinos consideram-na como sua capital indissolúvel. Os cristãos consideram a cidade e todo o seu entorno como a Terra Santa, pois Jesus Cristo nasceu na região (em Belém, na atual Cisjordânia, segundo a tradição) e passou sua vida a pregar em várias cidades, até a sua execução nos arredores da "grande cidade sagrada".
Para não piorar ainda mais os conflitos na região, que sofreu com pelo menos três grandes guerras (o conflito árabe-israelense ainda em 1948, a Guerra dos Seis Dias de 1967 e a Guerra de Yon Kippur de 1973), os outros países instalaram suas embaixadas em Tel Aviv, a maior cidade de Israel. Porém, em um gesto nada diplomático, o presidente americano Donald Trump anunciou a transferência de sua embaixada para o bairro de Amona, na parte ocidental de Jerusalém, a capital de Israel segundo o governo de Benjamin Netanyahu, grande aliado de Trump e entusiasta da transferência.
Hoje, quando o moderno estado de Israel completa 70 anos, Trump cumpriu sua promessa. Por causa disso, milhares de palestinos tentaram cruzar o muro da fronteira de Gaza, instigados pelo Hamas, partido que governa o pequeno território e nunca reconheceu a existência do "país inimigo". As forças israelenses responderam ferozmente e pelo menos 58 pessoas foram mortas e, segundo fontes árabes, mais de 2.200 foram feridos.
Outros países enviaram representantes para participar do gesto de Trump, mas boa parte dos países ocidentais, mesmo aliados como Reino Unido, França e Espanha, boicotaram a cerimônia. Logicamente, todos os países muçulmanos não tiveram ninguém para representá-los. E o Brasil também se negou a mandar alguém para lá.
N. do A.: Para boa parte do que ainda resta da torcida pela Seleção Brasileira, e também para muitos jogadores que aguardavam a chamada, o "dia da catástrofe" chegou. Tite anunciou os convocados, e se a maioria não gerou grande surpresa - Neymar, Gabriel Jesus, Philippe Coutinho, Roberto Firmino, Marcelo e outros foram mesmo colocados na lista da Copa, como era esperado - alguns nomes desagradaram, como Fred e Taison, ambos do Shakhtar Donetsk, no lugar de, por exemplo, Luan e Arthur, do Grêmio. Outros jogadores que não agradam a muitos, como Fagner e Ederson, também estão na lista. Nomes até então frequentes, como Rodrigo Caio, Diego, Diego Souza, Alex Sandro, Rafinha Alcântara e Giuliano, ficaram de fora. E outros, como Gabriel Barbosa (o "Gabigol") e o goleiro Weverton, considerado um dos heróis da campanha do ouro olímpico de 2016, tinham chances reduzidas e a lista de hoje só confirmou isso. Pelo menos Tite fez justiça para alguns jogadores como Geromel, que irão à Rússia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário