Morreram dois representantes da classe artística brasileira, o compositor Aldir Blanc e o ator Flávio Migliaccio.
O primeiro foi prolífico letrista de canções consagradas da MPB, como O Bêbado e o Equilibrista. O segundo participou de vários trabalhos da Rede Globo, destacando-se como o Xerife da dupla Shazan e Xerife na novela O Primeiro Amor e no seriado humorístico Shazan, Xerife & Cia, entre outros personagens.
Aldir Blanc foi vítima da COVID-19 e Flávio Migliaccio, desesperado por causa dessa doença e das outros problemas que atormentam o Brasil, escreveu uma carta estarrecedora (leia AQUI) e suicidou-se.
Aldir Blanc escreveu canções para Elis Regina, João Bosco, Fafá de Belém e outros artistas da MPB (Fábio Motta/Estadão) |
Flávio Migliaccio em 1979, na peça O Morto do Encantado Morre e Pede Passagem, de Oduvaldo Viana Filho (Divulgação) |
Regina Duarte, atual Secretária de Cultura, se manifestou apenas por mensagens privadas às famílias dos dois artistas, o que foi visto como estranheza. Não faltou quem cobrasse uma posição pública da ex-atriz global, que já trabalhou com Migliaccio em novelas como Rainha da Sucata e decerto conhecesse o autor de vários sucessos da MPB. Ela está no meio do patrulhismo ideológico dos ex-colegas, dos artistas em geral e dos bolsonaristas. Já é tratada praticamente como se já tivesse sido descartada pelo presidente. Um destino comparável a uma morte trágica, por COVID-19 ou suicídio.
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