segunda-feira, 1 de junho de 2020

Orgulho e vergonha de maio

Estamos já no meio de um ano praticamente arruinado pela pandemia do novo coronavírus e, mais recentemente, pelo agravamento do radicalismo político. Nos Estados Unidos e no Brasil, a violência pode ajudar o vírus a mandar mais gente para o cemitério e causar chagas na estrutura social e na economia. 

No mês passado, ficou muito fácil achar candidatos à "Vergonha Nacional", por suas contribuições para tentar transformar o Brasil numa aberração do Sistema Solar. Por outro lado, está difícil achar quem merece o selo de "Orgulho Nacional", para ajudar o país a ser realmente grande. 

O prêmio de "Orgulho Nacional" ficou para o Dr. Carlos Gil Ferreira, oncologista e autor de 150 artigos científicos sobre câncer, principalmente o de pulmão. Pelo conjunto do trabalho, recebeu o prêmio Partners in Progress, da American Society of Clinical Oncology (ASCO). Foi o primeiro médico não nascido nos Estados Unidos a ganhar o prêmio.

O Dr. Carlos Gil Ferreira foi o primeiro médico de fora dos EUA a ganhar um prêmio da American Society of Clinical Oncology

Por outro lado, foram vários os candidatos ao outro selo. Entre outros maus elementos, destacam-se duas figuras: Sara Winters, a líder dos "300 pelo Brasil", grupo antidemocrático, e Regina Duarte, a atriz que fez o pior papel de sua carreira ao se tornar Secretária de Cultura, não conseguir fazer nada relevante e ser fritada em pouco tempo, combatida tanto por antigos colegas quanto por membros do governo. Essas duas, no entanto, "só" arruinaram a sua reputação. Por exemplo, Winters, a ex-FEMEN, nada conseguiu além de fazer barulho (por enquanto). E a atriz foi a Porcina de novo: foi sem nunca ter sido, uma integrante do governo Jair Bolsonaro.

Mas nada prejudicou tanta gente quanto o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, ao instituir um rodízio desastroso, tentando retirar 50% da frota de carros. Só conseguiu agravar a superlotação no transporte público, expondo ainda mais os cidadãos paulistanos ao perigo do coronavírus. Por isso, ele vai receber o selo. João Dória Jr., governador e cúmplice desta ideia "brilhante", já recebeu o seu quando abandonou a prefeitura e deixou o neto do Mário Covas em seu lugar.

Para piorar, os dois bolaram um "super-feriadão" entre os dias 20 e 25 do mês passado, para forçar as pessoas a ficarem a casa. Anteciparam Corpus Christi (oficialmente, 11 de junho), Consciência Negra (20 de novembro) e a Revolução Constitucionalista (9 de julho). A iniciativa fracassou, e só fez a dupla virar motivo de piada, além de escancarar o fracasso em deter a expansão da pandemia.

Bruno Covas cometeu um ato que pode sepultar sua candidatura à reeleição para a prefeitura, além de agravar a crise sanitária com seu rodízio desastroso na capital paulista; ele se arrependeu, mas criou um super-feriadão inútil

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