Este blog ia tratar de algo diferente da política, mas aconteceram dois eventos relacionados a isso.
Um deles foi até esperado, pois Abraham Weintraub estava em processo de "fritura", desde a divulgação do vídeo ministerial, no qual ele manifestou sua indignação com os "vagabundos" do STF. Tudo ficou pior depois de sua participação em um ato bolsonarista no domingo passado. Isso motivou sua queda, e não a sua gestão pouco consistente e movida a brigas ideológicas contra reitores, professores e estudantes. O processo de melhoria no setor, tão necessário ao desenvolvimento do país, sofreu um forte revés na gestão de Weintraub e seu antecessor, Vélez Rodriguez, piorando ainda mais com a atual pandemia de COVID-19.
Abraham Weintraub (Marcelo Camargo/Agência Brasil) |
Por outro lado, a Polícia Federal prendeu Fabrício Queiroz, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, dentro de uma das propriedades de Frederick Wassel, advogado do presidente e dos filhos, em Atibaia. O caso ganhou ampla repercussão da imprensa. Queiroz é acusado de supostamente fazer parte do esquema de "rachadinhas" na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), para alimentar os bolsos dos envolvidos. A prisão do ex-assessor compromete não só Bolsonaro e seu filho mais velho, mas o PSL em geral.
Não faltam acusações de "perseguição" feitas pelo senador e seu pai, a autoridade máxima da República, insinuando que a trama só ganhou destaque após as eleições de 2018, mas a PF, para trabalhar direito, deve continuar a agir como fez nos governos anteriores, principalmente nas investigações da Lava Jato, com independência, ou perde a razão de existir.
N. do A.: Enquanto isso, a PF continua a fazer a Lava Jato funcionar, investigando as operações de trading da Petrobras, envolvendo compras e vendas de petróleo e derivados. Foram feitos 12 mandados de busca e apreensão na Operação Sem Limites II, um desdobramento dos trabalhos feitos em dezembro de 2018, para descobrir como um montante de R$ 17 milhões acabou parando no caixa de empresas offshore e nos bolsos de corruptos, durante os governos Dilma e Temer. Paralelamente, ainda há investigações em curso para as irregularidades encontradas nas licitações de insumos para o combate à COVID-19.
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