Millor Fernandes (1923-2012) foi um daqueles pensadores mal compreendidos, subestimados por terem nascido num país incipiente (e insipiente, também) em muitos aspectos. Como Machado de Assis ou Nelson Rodrigues.
Millor, humorista, jornalista, analista e frasista - muitos "-istas", mas nenhum deles desabonador |
Se vivo estivesse, faria 98 anos em agosto. E ele não iria gostar de certos acontecimentos atuais, além da terrível pandemia, da qual ele não tomou conhecimento por ter morrido antes.
Em Goiás e no Distrito Federal, ainda continuam as buscas pelo criminoso Lázaro Barbosa, acusado por roubos, sequestros e ter dezenas de mortes nas costas, e todas as tentaivas de capturá-lo, em quase três semanas, fracassaram. E a mídia explorando à larga a caçada. Os crimes cometidos pelos bandidos andam muito repulsivos, como aconteceu em Saudades, a cidade catarinense onde bebês foram mortos.
Um prédio de alto luxo em Miami desabou e soterrou centenas de pessoas. Isso não costuma acontecer nos Estados Unidos, mas aconteceu, e o prédio nem era novo para ser acusado de má construção. Isso também atraiu a atenção da imprensa, louca para abordar a tragédia.
Ainda existem pessoas crentes na ausência de corrupção feita por membros do governo, apesar dos fortes indícios em contrário, como a suposta contratação de empresas de fachada para a compra da vacina Covaxin. Por enquanto isso é acusação de um deputado ressentido com o tratamento dado pelo presidente Jair Bolsonaro. Luiz Miranda, ele próprio alvo de inquéritos por estelionato.
A chamada "geração Z", nascidos entre 1995 e 2000, é também chamada de "geração mimimi" pelos mais velhos das gerações "baby boom" (nascidos entre 1945 e 1964) e "X" (nascidos entre 1964 e 1981). Já está se dando ao direito de rotular ass gerações mais antigas, chamando "cringe" (vergonhoso) tudo o que não está na moda, na ótica dos "Z".
Ele certamente repetiria sua famosa frase:
"O homem é um macaco que não deu certo!"
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