Houve alguns tropeços entre os atletas brasileiros na sua jornada para conquistar o pódio, e o maior deles envolveu a Seleção de vôlei masculino. Antes favorita ao ouro, sucumbiu ao abalo emocional causado pela derrota para a equipe russa e perdeu para a Argentina por 3 sets a 2 (parciais 23-25; 25-20; 25-20; 17-25; 13-15). A campanha dos comandados do ex-ídolo Renan terminou da pior forma possível, recebendo comparações até com a Seleção Brasileira de futebol na Copa de 2014 (aquela do 8/7).
Por falar em futebol, o time de André Jardine sofreu um pouco mais para enfrentar a Espanha, numa final marcada por muitos gols perdidos, inclusive um penal desperdiçado por Richarlison, o artilheiro da campanha. Pelo menos Mateus Cunha fez o gol ainda no primeiro tempo. Após o empate sofrido no segundo tempo, com o gol de Oyarzábal, Malcom marcou na prorrogação e selou a conquista do segundo ouro olímpico. Porém, os atletas, instigados pela CBF, protagonizaram cenas constrangedoras ao desobedecerem à regra do COI e vestirem a camisa do jogo, com a marca Nike, ao invés do uniforme do COB, patrocinado pela empresa chinesa Peak. Isso pode ter consequências sérias para o futebol dentro dos Jogos Olímpicos, além de mostrar a disputa por dinheiro dos patrocinadores, numa história sem inocentes.
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A Seleção Brasileira não teve Neymar, nem nome algum da campanha histórica de 2016, como Gabriel Jesus, Gabigol, Marquinhos e Weverton (Fernando Vergara/AP) |
Isaquias Queiroz não tomou conhecimento disso e de seus adversários e conquistou o ouro na categoria C1 1.000 m (canoa solo), após ficar com duas pratas e um bronze no Rio. Tornou-se um dos maiores medalhistas brasileiros nos Jogos, e comprovou seu espírito competitivo. A atual pandemia foi um desafio para os esportistas em geral, até mesmo para gigantes do esporte mundial como a ginasta americana Simone Biles (apenas um bronze nesta edição dos jogos, conquistada nas traves) e o tenista sérvio Nowak Djokovic (cuja participação nos Jogos pareceu escalafobética, comparada com seu brilhantismo em vários torneios da AFP).
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Isaquias Queiroz ganhou sua quarta medalha olímpica... |
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... ao disputar a prova dos 1.000 m, categoria C1 solo (Luís Acosta/AFP) |
A mesma disposição para vencer teve o boxeador Hebert Conceição, na categoria 75 kg, aplicando um soco certeiro no ucraniano Oleksandr Khyshniak, literalmente brigando pelo ouro. Ele dedicou a sua conquista a quem luta contra dois inimigos da civilização: o racismo e a COVID-19.
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Após tomar sufoco do ucraniano Oleksandr Khyshniak, o brasileiro de 23 anos reagiu e acertou um soco no adversário, no terceiro round (Wander Roberto/COB) |
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