terça-feira, 3 de agosto de 2021

Da série "Olimpíadas 2020 (1)", parte 9 - Ana Marcela Cunha faz o Brasil olhar para a maratona aquática

A maratona aquática de 10 km é uma das provas mais difíceis da natação em espaço aberto, e também de todos os Jogos, e a baiana Ana Marcela Cunha conseguiu a inédita medalha de ouro para atletas brasileiros. Ela disputou com a neerlandesa Sharon van Rouwendaal, ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016 e agora prata em Tóquio. 

 A nadadora Ana Marcela Cunha conquistou um inédito ouro olímpico na maratona aquática (Jonne Roriz)

É a quarta medalha dourada conquistada pela delegação brasileira, pois a terceira foi das velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze. A dupla do iatismo confirmou o favoritismo e ganhou o segundo ouro olímpico de suas carreiras vitoriosas. 

Thiago Braz também competiu, e mesmo sem o brilho de quando disputou e ganhou o ouro olímpico em 2016 no Rio de Janeiro, e se consagrou entre os brasileiros, obteve a marca de 5,92 m, suficiente para a medalha de bronze. Ele e vários outros atletas sofreram com a falta de patrocínio, mostrando que o Brasil ainda não aprendeu a valorizar o esporte de uma maneira geral. 

Outro que superou as expectativas foi Alison dos Santos, bronze nos 400 m com barreiras. Ele contribuiu para o otimismo da torcida, que ainda poderá ver mais atletas no pódio, incluindo os jogadores da Seleção Brasileira de futebol, que venceu o México nos pênaltis (4 a 1) após partida sem gols no tempo normal, com o destaque para a atuação do arqueiro brasileiro, Santos, que defendeu com categoria uma cobrança de Aguirre. Daniel Alves, Gabriel Martinelli, Bruno Guimiarães e Reinier converteram sem medo do folclórico goleiro rival, Ochoa, o mesmo responsável por dificultar a vida da Seleção titular durante a fase de grupos da Copa de 2014. 


N. do A. 1: O êxito de atletas brasileiros não esconde o insucesso de outros, como as duplas de vôlei de praia, que ficaram fora do pódio; é a primeira vez desde a inclusão da modalidade nos Jogos que isso acontece. 

N. do A. 2: Enquanto isso, a repercussão das manifestações do fim de semana parece ter animado um pouco os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, apesar de dificilmente o TSE, o STF e o Congresso aprovarem a impressão dos votos para serem auditados nas eleições no ano que vem. O presidente ainda fala como se governasse apenas para os seus acólitos, esquecendo-se dos problemas mais imediatos, como a pandemia de COVID-19 e o agravamento da miséria e do desemprego, dando espaço para a briga eleitoral contra o ex-presidente Lula. 

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