Boris Johnson logo deixará de ser primeiro-ministro britânico. Ao anunciar a sua renúncia, devido aos sucessivos desgastes durante seu governo, vai ficar apenas até a escolha de um novo chefe de governo pelo Partido Conservador, para ocupar a sede em Downing Street, n. 10, e isso agradou aos formadores de opinião no mundo todo.
Boris Johnson não resistiu à reprovação de seu governo e às moções de desconfiança vindas de seu próprio partido, o Conservador (AFP) |
Agradou aos próprios conservadores, porque o apoio dado a Chris Pincher, deputado que teria assediado dois homens quando estava embriagado, como vice-lider do governo, foi a gota d'água, após acusações de ter participado de festas durante o lockdown em Downing Street, e conduzir mal o processo do brexit, a saída unilateral da União Europeia.
Agradou aos chamados "progressistas" e defensores de causas sociais, porque qualquer político conservador apeado do poder é comemorado.
Agradou aos teóricos da conspiração extremistas, pois ele era um dos mais ativos apoiadores de Volodymyr Zelensky, enquanto o Kremlin é visto como um forte agente contra o "globalismo", que também apoia o dirigente ucraniano e a integração da Ucrânia à União Europeia.
Agradou aos defensores das medidas sanitárias contra o coronavírus, devido às contradições entre defender as vacinas e outros cuidados e promover aglomerações e festas às escondidas, e agradou aos partidários anti-vacina e pela "imunidade de grupo" (por meio da contaminação e da manutenção das atividades normais durante a pandemia), pelo mesmo motivo.
Por fim, agradou ao mercado financeiro, após findar o seu governo visto com desconfiança por todos os lados: a bolsa de Londres subiu 1,14%.
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