quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Ações das Americanas derretem

Nem mesmo no Brasil, onde vândalos que destroem em nome do "patriotismo" encontram seus defensores, houve algo parecido: uma loja de departamentos gigantesca e aparentemente a prova de qualquer incerteza econômica teve o valor de suas ações transformado em cinzas, com desvalorização de 77% em um único dia.

Descobriram uma série de inconsistências contábeis, da ordem de R$ 20 bilhões, em análise preliminar. A imprensa interpretou isso como "rombo", e o mercado entrou em polvorosa. Existem vários bancos credores da empresa, como o Santander, o Itaú e o Banco do Brasil. A empresa, pertencente à 3G Capital, cujos acionistas majoritários são José Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, pode prejudicar fortemente todo o grupo, ou seja, o Submarino e o Shoptime, e ainda afetar de forma significativa outros negócios do trio, como a Ambev e mesmo a Heinz e o Burger King, onde eles são acionistas minoritários. 

No ano passado, também houve uma queda forte nos valores das ações, após um balanço financeiro desfavorável e vendas da Black Friday abaixo do esperado (ver AQUI). 

Diante do escândalo, o CEO das Americanas, Sérgio Rial, ex-executivo do banco Santander (o principal credor das Americanas) renunciou ao cargo, após ficar apenas dez dias na função. 

Sérgio Rial descobriu a irregularidade contábil nas Lojas Americanas, e o resultado pode ser aterrorizante para a economia brasileira (Montagem de Júlia Shikota/Reuters/Divulgação)


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