No Brasil, não faltam pessoas a fazerem esta pergunta, com base na grande diversidade de empresas varejistas em grandes e pequenas cidades. Mas a história e os analistas de mercado nos mostram uma resposta: um categórico NÃO.
Há muitas histórias de grandes varejistas aparentemente poderosas e imbatíveis, que naufragaram depois de poucos anos. Varejistas enfrentam uma série de riscos, entre os quais:
- Dependência de alto capital de giro, pois precisam movimentar rapidamente grandes quantidades de dinheiro, e este precisa estar disponível para o pagamento de produtos aos fornecedores, antes deles serem vendidos.
- Compliance: os varejistas devem cumprir uma série de regulamentos e procedimentos visando garantir a confiabilidade e a ética junto aos fornecedores e clientes.
- Estratégia, pois sempre há riscos, por exemplo, de implantarem novas lojas e explorarem os negócios em cidades onde a rede varejista esteve ausente.
- Incertezas econômicas, pois altas taxas de inflação, com queda no poder aquisitivo, afetam negativamente a compra e venda de produtos; o intervencionismo estatal, recorrente no Brasil, é uma dor de cabeça para qualquer empresa, principalmente no setor de serviços em geral.
- Mudanças tecnológicas: as empresas precisam adaptar-se a novos procedimentos de compra pelos clientes, como uso de aplicativos e meios de pagamento; além disso, para lidar com estoques e atendimento pelos caixas, é necessário adotar medidas para renovação do maquinário.
- Motivos de força maior, como greves, pandemias, desastres naturais e acidentes.
Além disso, como no caso das Lojas Americanas, irregularidades contábeis podem derrubar a credibilidade da empresa por tentarem esconder prejuízos, perdas e fraudes.
Este blog já tratou dos casos mais conhecidos de ruína no setor: o Mappin e a Mesbla. Ao longo deste ano vai apresentar uma série de grandes empresas do ramo, agora reduzidas a lembranças comoventes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário