As empresas de entretenimento são acusadas pelos conservadores e tradicionalistas de arruinarem histórias e personagens fictícios para tentarem agradar os adeptos do "politicamente correto" e do "progressismo". Isso já ocorre há anos, principalmente nos Estados Unidos.
Parece ser este o caso de Velma, da HBO Max, com base na personagem nerd da turma do Scooby-Doo, da Hanna-Barbera. Quando ela apareceu pela primeira vez, em 1969, era uma menina caucasiana com sardas no rosto, e aparentemente concentrada demais em resolver mistérios, sem espaço para relacionamentos amorosos. Aos poucos, ela foi se soltando, mas passou de heterossexual, como mostrada no primeiro filme live action, ainda fiel às origens, para bissexual e, finalmente, lésbica. Na série da HBO, até a etnia foi alterada: Velma é uma menina descendente de indianos, que não quer saber de caçar falsos fantasmas, e sim um serial killer.
A personagem Velma Dinkley, de Scooby-Doo, foi uma vítima da "lacração" vigente na indústria cultural norte-americana (Divulgação/Warner) |
Pior do que isso, ela perdeu outras características notáveis, que a desfiguraram, como perder os óculos grossos e passar por situações hilariantes tentando encontrá-los, por ser extremamente míope.
Não para por ai: o Salsicha, dono do Scooby-Doo (que não aparece para justificar a pecha de "adulta", embora muitos duvidem disso), é negro. Teme-se que ele ainda defenda abertamente o uso recreativo de drogas, do qual ele é acusado desde o começo. Uma das mais famosas teorias da conspiração envolvendo cartoons diz que o personagem é maconheiro por seu aspecto desleixado, só viver rindo e ter uma fome compulsiva.
A série atual é castigada pela crítica e público e considerada um "tomate podre" segundo o índice Rotten Tomatoes, com 7% de aprovação. E a Warner, dona da HBO e da Hanna-Barbera, quer uma segunda temporada.
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