... e os juros voltaram a subir!
Roberto Campos Neto, o presidente do BC |
O BC não se deixou pressionar pelo governo e aplicou o remédio amargo do aumento nos juros básicos. A taxa de 10,5% foi para 10,75% e contrastou fortemente com a diminuição dos juros americanos imposta pelo Fed em 0,5%.
Muitos vão reclamar da inversão no comportamento dos bancos centrais americano e brasileiro, mas por aqui o descontrole nos gastos públicos é apontado como o culpado. O governo federal pode apontar as queimadas generalizadas que causam devastação no meio ambiente e nas lavouras, aumentando o preço dos produtos agrícolas, mas nem sequer disfarça o rombo e a diferença gritante nos números do estrago no Orçamento: R$ 39,7 bilhões, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. O BC não levou em consideração os R$ 4,1 bilhões ociosos deixados pelos contribuintes (e cobiçados pelo governo) e as cotas do PIS/Pasep "esquecidas" pelos trabalhadores, avaliadas em R$ 26 bilhões, autorizadas pelo Congresso para serem incorporadas pelo Tesouro.
Ou seja, dinheiro em tese do contribuinte e do trabalhador sendo confiscado, e ainda teremos de aturar juros mais altos. Não se pode garantir que Lula e sua equipe vão ser esquecidos em futuras manifestações, e nem descartar aqueles coros pedindo a tal "intervenção militar", apesar do temor de prisões a mando do STF. Por outro lado, o governo vai pressionar ainda mais pela cabeça de Roberto Campos Neto.
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