quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Por que gostar de carros antigos?

Carros novos possuem muita tecnologia embarcada, ajustes elétricos, motores bem mais potentes e eficientes. Ainda assim, os antigos ainda têm muitos adeptos no Brasil. 

Fala-se muito nos Fuscas, Opalas e até nos Mavericks, que não fizeram tanto sucesso quanto os outros dois. A "zoeira" por causa dos Unos com escada no teto não consegue esconder a admiração por este carrinho. Todos eles nunca tiveram a tecnologia dos carros atuais. 

Diz-se que um carro antigo tem "alma", sendo uma típica fala desses aficcionados, pois carros nunca deixaram de ser máquinas e nem os mais avançados (pelo menos não os produzidos em larga escala) possuem algum traço de inteligência artificial. Mas os carros do século passado eram diferentes entre si, enquanto agora tudo é muito igual. 

Embora as mudanças no estilo sejam frequentes nos automóveis atuais, é raro alguém falar em alguma coisa de destaque, tendo dificuldade para diferenciar um carro 2023 de um 2024. Enquanto isso, quem cresceu há mais tempo podia reparar, por exemplo, na mudança de para-choque ou na implantação das "virgulinhas" próximas às janelas traseiras dos Fuscas (foi em 1974, ano do nascimento do autor deste blog). E os "bizorros" foram dos carros que menos mudaram. 

Eram barulhentos, poluíam muito mais, bebiam mais gasolina e andavam menos, mas era possível sentir melhor o "comportamento" do carro antigo em certas situações, como nas curvas. E o refinamento dos revestimentos, em certos casos, era inigualável, não podendo comparar o estofamento de um Civic ou Corolla com o de um Del Rey, Diplomata ou Santana.

Por outro lado, os antigos eram inegavelmente mais resistentes e com mecânica mais simples, embora com um detalhe: numa colisão, o carro podia até sofrer bem menos danos, mas os ocupantes pagavam caro por isso. 

Faz sentido comparar um carro velho, como o campeão de vendas Gol, e um carro novo como o Golf? (Divulgação)

Isso pode ter a ver com o saudosismo de muita gente, relembrando fatos da infância ou da juventude. A nostalgia de relembrar uma viagem no banco de trás de uma Brasília não necessariamente amarela, ou aquele carro que o pai tinha antes de ter o seu próprio. 

Será que veremos algum fã clube dos carros de hoje, daqui a 20 ou 30 anos?


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