Quando se fala em "Oriente Médio", ou aquela região da Ásia Ocidental repleta de conflitos políticos, religiosos e econômicos, onde a perspectiva para um cotidiano menos violento parece uma quimera, falar de mortes devido a bombardeios parece até "normal".
O que não é normal é aceitar tanta perda de civis inocentes, pelo uso deliberado de escolas e residências para guardar os armamentos dos terroristas do Hizbollah, grupo xiita armado apoiado pelo Irã, e também pelo uso abusivo da força militar por parte do governo israelense, ainda mais por motivações eleitoreiras: Binyamin Netanyahu quer colher os frutos políticos de sua ação militar, mas a opinião pública israelense ainda lhe cobra a volta dos reféns nas mãos do Hamas e a segurança dos civis no norte de Israel, na fronteira com o Líbano, país destruído e cuja soberania é vilipendiada por Israel, Síria e Irã.
Míssil atinge Zaita, uma das cidades no sul libanês, causando devastação (Mahmoud Zayyat/AFP) |
Ainda falta o Irã cumprir a promessa de retaliar Israel pela invasão do espaço aéreo do país inimigo para matar o líder do Hizbollah em Teerã. Teme-se o envolvimento da Síria, que até então não se envolveu, apesar dos ataques israelenses em seu território para tentar neutralizar as forças terroristas atuantes em território governado pelo ditador Bashar al-Assad.
Por outro lado, crescem aa pressões para enquadrar Israel por terrorismo de Estado, devido ao uso de pagers e walkie-talkies explosivos contra os inimigos xiitas. Não poucos inocentes foram feridos ou mortos nesta iniciativa considerada maquiavélica até pelos aliados do Estado Hebreu.
Quem imaginar uma solução a curto prazo para esta guerra certamente não vê a realidade ou não considera os diversos fatores envolvidos nesse jogo sangrento.
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