sábado, 6 de junho de 2015

Barça confirma o favoritismo, e Neymar se consagra

Mais uma postagem sobre o futebol, esse esporte desacreditado que ainda sofrerá grandes estragos por conta do escândalo envolvendo Joseph Blatter e os altos executivos da Fifa. Desta vez, porém, nada de escândalos. 

Na grande final da Champions League 2014-2015, disputada em Berlim, venceu o Golias catalão, o Barcelona, contra os Davis italianos, a Juventus, grande zebra alvinegra. Isso era previsível. Digna de nota, porém, é a capacidade dos italianos de jogar de igual para igual, contando com Carlitos Tevez, Morata (ex-Real Madrid), Pogba, Pirlo e, principalmente, o goleiro Buffon, que evitou uma vitória mais fácil do temível rival. 

A Juventus começou não como uma zebra, mas como outro animal listrado (um tigre) para cima do Barça. Chegaram a assustar bastante a zaga azul-grená, mas eles reagiram, e Rakitic acabou com a alegria dos italianos, aos 3 minutos de jogo. No resto do primeiro tempo, houve um equilíbrio de forças, com o Barça tendo dificuldades, já que o rival não se entregava e conseguia anular a pressão. No segundo tempo, os efeitos da "Vecchia Signora" foram recompensados, e Morata empatou, aproveitando passe de Tevez. 

Houve ainda um lance polêmico, onde Daniel Alves teria feito pênalti em Pogba. O juiz turco Cüneyt Çakir não marcou, para despertar a ira da torcida italiana no Olympiastadion. A resposta do Barça veio com Messi e Suárez. Este último deixou os italianos ainda mais "mordidos" com seu gol. 

Mesmo assim, nada arrefecia a garra da Juve, que jogava com vontade e, às vezes, com agressividade, caçando Suárez e, às vezes, os seus companheiros de ataque. Tentaram pressionar para o empate, mas quem marcou, nos acréscimos - 1 minuto a mais do que os 5 minutos adicionais - foi justamente quem mais os brasileiros queriam ver brilhar: o único dos craques da Seleção Brasileira, Neymar. Após fazer um gol bem anulado por ser parecido demais com "la mano de Dios", ele marcou outro, desta vez legal, bem no finalzinho. 

Dessa forma, o Barcelona coroou uma excelente temporada, ganhando, além do Campeonato Espanhol e a Copa do Rei, o troféu da Champions League, a maior disputa do planeta. E Neymar conseguiu um feito: passou a ser um dos raros brasileiros a conquistarem tanto a taça da Libertadores (2011, com o Santos) quanto a da Liga (2015, agora pelo Barcelona). 

Messi não fez o seu gol na grande final, mas não deixou de colaborar na grande conquista. Ao fundo, um dos grandes protagonistas da conquista - Neymar (Lluis Gene/AFP)

O ex-menino da Vila sabe que tem um caminho muito longo e árduo pela frente, passando pela conquista da Copa do Mundo, cuja oportunidade foi "jogada no lixo" pelo 8/7. Isso, todavia, não depende só dele e sim de seus companheiros do time canarinho da CBF - que nem de longe possuem a mesma credibilidade e qualidade. Nenhum de seus pares pode ser comparado a Messi. Nem a Suárez, Iniesta e Xavi, que vai deixar o time aos 35 anos após ter a honra de ser o primeiro a erguer a taça "orelhuda" hoje, como capitão. Outro que pode deixar o clube é o brasileiro Daniel Alves, veterano do time e integrante das equipes campeãs de 2009 e 2011, mas cujo desempenho na Seleção foi muito aquém, a ponto de ser lembrado pela torcida brasileira apenas pelos visuais extravagantes.

Esta foi a primeira Champions conquistada não só pelo "topetudo", mas também por quem fez os gols pelo Barça na grande final: Rakitic e o "vampiro" Suárez.  

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