Porém, outros assuntos tiveram tanta importância quanto as carnificinas promovidas por pretensos seguidores de Alá dispostos a colocar a existência da humanidade em xeque para garantir o lugar de alguns ao paraíso das 72 virgens.
Uma decisão da Suprema Corte americana está longe de representar uma ameaça para o mundo, ao contrário do que pensam os fundamentalistas, tanto os cristãos quanto os muçulmanos: agora, em todo o território norte-americano, não é mais proibido celebrar uniões civis entre pessoas do mesmo sexo. A militância LGBT em todo o mundo, e não só nos Estados Unidos, comemorou.
No Vaticano, o papa está preocupado com o tema, mas teve de lidar com outra questão: foi assinar um acordo para garantir os direitos da Igreja Católica nas terras palestinas. Sua Santidade tratou a Cisjordânia como parte de um país soberano, preocupando Israel, que tem relações dúbias com a Santa Sé, principalmente após o reconhecimento da soberania palestina em 2013.
Aqui no Brasil os advogados da Odebrecht, da Andrade Gutierrez e outras grandes empreiteiras estão se empenhando para denunciar os supostos abusos do juiz Sérgio Moro, que mandou prender os presidentes dessas construtoras. É certo que as ações da Polícia Federal precisam, sim, seguir a lei e garantir amplo direito de defesa para os presos, cujas acusações nem foram formalizadas. Por outro lado, a opinião pública já está farta de tanta roubalheiras e ações promíscuas entre o poder político de Brasília (e outras grandes cidades) e o poder econômico das empreiteiras. Isso explica, mas não pode justificar, o respaldo a eventuais abusos cometidos por uma PF que quer mostrar serviço diante da população.
Estas questões disputam a atenção da imprensa e da opinião pública com outras menos relevantes, como tratar o enterro do sertanejo Cristiano Araújo como um espetáculo doentio das redes televisivas para ganhar audiência, ou se preocupar com a Argentina, que a muito custo, por meio dos pênaltis, conseguiu despachar a Colômbia na Copa América. Dunga ainda tem que acertar o seu time contra o Paraguai antes de pensar nos "hermanos", e tomar mais cuidado com as falas durante as entrevistas, pois afirmar que "apanha" feito um "afro-descendente" põe a Seleção Brasileira ainda mais em descrédito diante dos torcedores.
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