sábado, 27 de junho de 2015

Seleção repete 2011 e futebol brasileiro confirma fama de decadente

Esta Copa América acaba com todas as ilusões acerca da Seleção bancada pela CBF, considerada uma das mais deficientes de todos os tempos.

Ela é vista como um grupelho de jogadores supervalorizados, mimados, ávidos mais por dinheiro do que por gols e vitórias, sem identificação com a torcida por jogarem em clubes europeus (na maioria dos casos), deslumbrados por redes sociais e os confortos da tecnologia e do luxo, financiados por empresários influentes e comandados por um técnico sem qualidades. 

Dunga, o técnico, não deu a devida importância ao torneio, priorizando as Eliminatórias. Mas não convenceu a torcida a respeito, ainda mais devido a declarações que o tornam alvo de gozações, como "sofrer" como um "afro-descendente" (como se os negros fossem masoquistas) e, após o resultado de hoje, culpar uma suposta virose responsável pelo mau desempenho dos jogadores.

Esse resultado foi a eliminação do seu time para o Paraguai pela segunda vez seguida na Copa América (a primeira foi em 2011, como registrei em uma postagem), e mais uma vez na disputa de pênaltis, após Robinho marcar e Gonzales empatar graças a outro pênalti inaceitável cometido por Thiago Silva, o mesmo cometido na Champions League contra o Chelsea, jogando pelo Paris Saint-Germain. 

Desta vez o zagueiro não conseguiu consertar a sandice e nem foi escolhido para bater os pênaltis, lembrando o dramalhão das oitavas-de-final na Copa do Mundo. Fernandinho, o capitão interino Miranda e Philippe Coutinho foram lá e, ao menos, fizeram (ao contrário dos cobradores de 2011, entre eles o próprio Thiago). Everton Ribeiro, que substituiu Robinho no final, desperdiçou, assim como Douglas Costa, em alta por ter conseguido a proeza de ser contratado pelo gigante Bayern de Munique, devido à influência de seu empresário, cujo nome é inexplicavelmente omitido nas notícias sobre o jogador. Pela forma com que cobrou o penal na disputa de hoje, Costa poderá dar muita dor de cabeça a Pepe Guardiola, talvez mais do que Dante. 

Douglas Costa perdeu um dos dois pênaltis que custou a desclassificação da Seleção amarelona (Marcelo Machado de Melo/Lancenet)

Com isso, a Seleção voltou a ser alvo de piadas e sátiras, tal como naquele 8/7. Dependente demais de Neymar, um grande jogador mas sem maturidade suficiente, eles mostraram ser mais um amontoado de jogadores supervalorizados do que um time. Já conseguiram ficar fora da Copa das Confederações. A probabilidade de também ficarem fora da próxima Copa do Mundo já não era pequena, e agora cresceu bastante. Para piorar, vão passar dois jogos das eliminatórias sem seu melhor jogador. 

É triste constatar, mas o Paraguai poderia até ter vencido no tempo normal, devido à falta de empenho do time amarelo, não fosse a boa atuação do goleiro Jefferson. Se o Brasil vencesse esse jogo, talvez fosse humilhado pela Argentina de Messi, Di Maria, Agüero e Mascherano. 

Tudo tem seu começo, seu auge e sua decadência. O futebol brasileiro não foge disso. Nosso povo terá de se acostumar com esse novo status, e empregar sua atenção a causas mais importantes, como a ética na política, a melhoria nas nossas deficiências crônicas como nação, e a falta de ambiente propício para o adequado desenvolvimento do esporte em geral. 

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