Como era esperado, o governo grego não cumpriu suas promessas de pagar 1,6 bilhão de euros para os credores, por intermédio do FMI.
Parte da imprensa chegou a dizer que é o primeiro país desenvolvido a aplicar o "calote" neste século. Equivocam-se: a Grécia nunca foi um país desenvolvido. Está mais para o "terceiro mundo", a periferia da Europa, cuja economia sempre foi bastante frágil, sustentada pela agricultura e pelo turismo. Pelo menos no pós-guerra a miséria não era um problema sério, mas o poder aquisitivo da população é bastante baixo, se comparado ao de grandes países do continente, como Alemanha, França e Reino Unido.
Piorando este cenário, os gastos públicos eram excessivos, e pioraram quando o salário do funcionalismo não foi adaptado à realidade quando a dívida pública explodiu. Recentemente, em 2009, segundo a BBC, existe um déficit público de 13,6%, ou seja, gasta-se bem mais do que se arrecada, isso quando a situação do país ainda podia ser considerada administrável.
Muitos analistas consideraram desastrosa a eleição de Alexis Tsipras, um socialista radical (para os padrões europeus) com discursos anti-austeridade que fizeram o país ser tratado como pária internacional, pelo menos na economia. As agências de risco castigam a velha nação com severidade espartana: a Standard & Poor's dá nota CCC-, quarta menor nota da escala, aos títulos soberanos. Hoje, outra agência, a Fitch, rebaixou a nota para CC, terceira menor nota de sua escala,
Para os gregos, porém, a situação estava além do suportável. Tiveram de enfrentar um dilema: seguir as instruções do FMI e dos parceiros europeus e enfrentar escassez e penúria, ou apoiar Tsipras para tentar romper essa tutela - e seguir caminho incerto. A segunda opção venceu.
Os europeus temem pelo futuro do Euro, a sua moeda. Caso Atenas determine a volta da dracma, a antiquíssima moeda local, haverá a possibilidade das economias mais fracas (Portugal, Irlanda) tentarem fazer o mesmo, acabando com o sonho de uma Europa com uma divisa comum. De certa forma, porém, esse medo não chegou a afetar severamente o movimento das bolsas. Na Europa, as baixas foram relativamente moderadas - apenas Paris e Frankfurt tiveram baixas iguais ou superiores a 1,5% - enquanto alguns índices na Ásia e a Bovespa chegaram a ter alta, embora bem modesta - no caso da Bolsa de São Paulo, foi de 0,13%.
Por enquanto, a nação onde a mais famosa das mitologias floresceu parece que irá para uma espécie de Hades econômico, e sofrer anos de tormentos.
Piorando este cenário, os gastos públicos eram excessivos, e pioraram quando o salário do funcionalismo não foi adaptado à realidade quando a dívida pública explodiu. Recentemente, em 2009, segundo a BBC, existe um déficit público de 13,6%, ou seja, gasta-se bem mais do que se arrecada, isso quando a situação do país ainda podia ser considerada administrável.
Muitos analistas consideraram desastrosa a eleição de Alexis Tsipras, um socialista radical (para os padrões europeus) com discursos anti-austeridade que fizeram o país ser tratado como pária internacional, pelo menos na economia. As agências de risco castigam a velha nação com severidade espartana: a Standard & Poor's dá nota CCC-, quarta menor nota da escala, aos títulos soberanos. Hoje, outra agência, a Fitch, rebaixou a nota para CC, terceira menor nota de sua escala,
Para os gregos, porém, a situação estava além do suportável. Tiveram de enfrentar um dilema: seguir as instruções do FMI e dos parceiros europeus e enfrentar escassez e penúria, ou apoiar Tsipras para tentar romper essa tutela - e seguir caminho incerto. A segunda opção venceu.
Os europeus temem pelo futuro do Euro, a sua moeda. Caso Atenas determine a volta da dracma, a antiquíssima moeda local, haverá a possibilidade das economias mais fracas (Portugal, Irlanda) tentarem fazer o mesmo, acabando com o sonho de uma Europa com uma divisa comum. De certa forma, porém, esse medo não chegou a afetar severamente o movimento das bolsas. Na Europa, as baixas foram relativamente moderadas - apenas Paris e Frankfurt tiveram baixas iguais ou superiores a 1,5% - enquanto alguns índices na Ásia e a Bovespa chegaram a ter alta, embora bem modesta - no caso da Bolsa de São Paulo, foi de 0,13%.
Por enquanto, a nação onde a mais famosa das mitologias floresceu parece que irá para uma espécie de Hades econômico, e sofrer anos de tormentos.
O destino econômico da "mãe da civilização ocidental" parece cada vez mais com Caronte, o barqueiro que leva os mortos para o Hades
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