segunda-feira, 6 de março de 2017

Acabou a folia

Para muitos, principalmente aqueles que acreditam no mito do "ano só começar depois do Carnaval", este é o primeiro dia útil do ano. Na prática, 2017 está em curso, e continua a reservar surpresas desagradáveis: 

1. Temer não consegue achar alternativas para Romero Jucá como líder do governo no Senado, apesar dele ser um dos "pára-raios" para as críticas ao Planalto, por ser o "Caju" na delação da Odebrecht, principal financiadora do Petrolão. Ele alega que é preciso ter alguém com habilidade para negociar com o Congresso e fazer as reformas, principalmente a da Previdência, e neutralizar os críticos, principalmente os pertencentes à própria base governista. A própria reforma da Previdência é algo difícil de engolir, ainda mais com a idade mínima de 65 anos, mas este é um remédio necessário, embora amaríssimo, para tentar cobrir o rombo. 

2. Donald Trump continua a insistir em barrar os cidadãos de alguns países, em caráter excepcional, gerando ainda mais burburinho; ele continua a dar pitacos pelo Twitter, e uma de suas vítimas é o ator e correligionário Arnold Schwarzenegger, que não irá mais apresentar O Aprendiz. Por outro lado, bem mais psicótico do que Trump é o ditador da Coréia do Norte, responsável por mais quatro lançamentos de mísseis em direção ao Japão, e por praticamente romper relações diplomáticas com a Malásia por causa do assassinato do meio-irmão com a arma química VX, provocado supostamente por ordens de Pyongyang. 

3. A crise hídrica não passa e a Aneel já fala sobre o risco de termos bandeira vermelha no segundo semestre, devido à falta de chuva nas hidrelétricas e a necessidade de ativar as termelétricas, cujo custo para gerar energia é bem mais alto. 

4. Continuam os casos de polícia, como o assassinato do presidente da torcida palmeirense Mancha Verde e o fato do goleiro Bruno estar solto, beneficiado por um habeas corpus. Essas notícias chegam a ofuscar a comemoração do Fluminense como campeão da Taça Guanabara, principalmente fora do Rio. A disputa pela taça foi o clássico mais famoso do país, o Fla-Flu, com vitória do Tricolor carioca nos pênaltis após empate de 3 a 3, calando os que apostavam no favoritismo do rival, com nomes como Diego e Paolo Guerrero. O Flu não tem nenhuma estrela no elenco, desde a saída de Fred, agora no Atlético-MG. Pelo menos o clássico terminou bem, com torcida dividida e tudo, após a liminar que revogava uma decisão da Justiça, que impôs a torcida única e depois o jogo em portões fechados, a pretexto de coibir a violência no estádio Nilton Santos, o Engenhão. 

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