terça-feira, 21 de março de 2017

Dia Internacional da Síndrome de Down

Dia 21 de março foi escolhido para lembrarmos dos portadores da Síndrome de Down, doença caracterizada pela presença de um cromossomo a mais e causadora de dificuldades na fala e nos movimentos, além de problemas de visão e má formação cardíaca.

A escolha do dia 21, no ano de 2006, é devido à chamada "trissomia" do cromossomo 21, onde existem três desses elementos genéticos, e não dois. O ser humano costuma nascer com 23 pares de cromossomos. 

Visualmente, o portador de Down apresenta olhos amendoados, rosto arredondado e algumas extremidades curtas, como orelhas e dedos. Os olhos fizeram com que a síndrome fosse conhecida como "mongolismo". Atualmente, esse termo é inaceitável, por duplo preconceito: contra os portadores e os povos do leste, norte e centro do continente asiático (chineses, japoneses, mongóis, filipinos, malaios, túrquicos, etc.), antigamente chamados de "mongolóides". 

Existe um paradigma a respeito dos que sofrem de Down: eles são estigmatizados e vistos como retardados mentais, o que não é correto. Eventuais dificuldades de aprendizado se devem à formação dos músculos da fala, levando-os a terem uma voz arrastada, e aos problemas de visão, como blefarite, estrabismo, astigmatismo e catarata precoce. 

Também é sabido que os portadores, devido às más formações cardíacas, têm expectativa de vida em geral menor, mas o acúmulo de conhecimentos sobre esta síndrome e a melhoria nas oportunidades dadas aos pacientes, com melhor alimentação e acesso aos tratamentos e cirurgias cardíacas, resultaram em uma vida mais longa, de 30 para mais de 60 anos. 

Ainda assim, os portadores e seus familiares ainda sofrem com as limitações físicas e o preconceito. Isso foi bastante amenizado nos últimos anos, com a atuação de órgãos como a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e melhor orientação nas escolas. 

Cartaz da APAE para o Dia Internacional (dos portadores) da Síndrome de Down (Divulgação)

As pessoas com um cromossomo a mais são cidadãs como quaisquer outras, com os mesmos deveres e direitos. Devemos respeitá-las, e não só no dia 21 de março. 

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