quinta-feira, 23 de março de 2017

Ia falar do Chico Anysio

Faz 5 anos que o Chico Anysio morreu. O inventor de centenas de personagens como Professor Raimundo, Pantaleão, Tavares, Haroldo o Hétero, Bozó, Bento Carneiro, Popó, Nazareno (CAALADA!) e outros ainda faz falta, principalmente quando faz tipos corruptos e comparáveis com os políticos de agora como Valfrido Canavieira (irmão do honesto professor Raimundo) e Justo Veríssimo. 

Mas agora vou voltar ao assunto Seleção Brasileira, por um bom motivo: o time canarinho GOLEOU o Uruguai em pleno Estádio Centenário. 

Os uruguaios não tinham Suárez, de longe o seu maior astro, mas tinham Cavani, outro goleador, que fez mais um gol, para abrir o placar, cobrando pênalti cometido bisonhamente por Alisson (e por culpa de Marcelo). Paulinho resolveu brilhar, fazendo os espectadores esquecerem que se tratava de um jogador atuando na China e pertencente à famigerada equipe de 2014, a da "Copa da Vergonha". Fez o gol de empate e, no segundo tempo, mais dois, fazendo seu hat-trick em solo uruguaio. Neymar fez um golaço, também, aproveitando falha da zaga. E a Seleção estava sem Gabriel Jesus, ainda se recuperando de uma lesão no pé direito. 

Paulinho foi o maior responsável pela goleada do Brasil sobre o Uruguai, garantindo a vaga para a próxima Copa (Pedro Martins/Mowa Press)

É o bastante para garantir a vaga para a Copa na Rússia, sem precisar fazer milagres, sabendo utilizar o elenco. Neymar continua a ser o único craque, e seu comportamento ainda lhe rende críticas, mas parece haver melhor solidez psicológica no time, algo que não havia em 2014. Isso pode ajudar no sonho do hexa, que talvez vá se tornar realidade em Moscou, embora não apague as lembranças do 8/7 e não redima a CBF, cujo presidente nem foi ao Uruguai para não ser preso por corrupção e, pior ainda, alterou as regras da sucessão em 2018, dando ainda mais poder para as federações em detrimento dos clubes: peso três para o voto das 27 federações, peso dois para 20 clubes da série A e peso um para 20 clubes da série B, enquanto o sistema anterior, que já era discricionário, não tinha distinção de peso e os clubes da série B não votavam. 

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