Esta semana foi terrível para o governo Temer. Além da chapa estar prestes a ser julgada pelo TSE, o dono da JBS, Joesley Batista, denunciou o presidente por ter comprado o silêncio de Eduardo Cunha, notório sabedor de muita coisa em Brasília, inclusive um possível (mas ainda não provado) envolvimento do presidente no maior escândalo de corrupção deste século. As denúncias são baseadas em gravações ocultas.
Apesar dos avanços econômicos e nas reformas, Temer não tem razão para estar tranquilo (Marcelo Camargo/Ag. Brasil) |
Joesley ainda afirmou que pagou R$ 5 milhões ao deputado cassado após sua prisão e mais R$ 20 milhões por "agradecimentos" a um projeto de lei aprovada por aliados de Cunha para desonerar produtos de frango.
Isto ainda precisa ser bem apurado. Enquanto isso, o governo, como sempre, tratou de se defender, negando as acusações. Membros do Planalto esperam que o STF considere isso uma confissão obtida por meios não autorizados pela Justiça, e, portanto, seu valor como prova seria questionável.
Por outro lado, a oposição pediu o impeachment do presidente, pregando eleições diretas, mas isso depende fundamentalmente de uma ampla maioria (dois terços) do Congresso. Na verdade, é mais um ato de desespero dos petistas e simpatizantes do antigo governo, pois não têm nem de longe condições para realizar um impeachment e muito menos propor outro tipo de eleições senão as indiretas, pois já se está bem além da metade do período definido entre 2014 e 2018.
Mesmo assim, é algo terrível, capaz de abalar o otimismo do governo com reformas consideradas impopulares e amargas (para evitar tomar medidas piores no futuro) e uma recuperação econômica pífia (embora obviamente melhor do que a recessão vivida entre 2013 e 2016).
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