sexta-feira, 12 de maio de 2017

Três (na verdade, quatro) empresas em pauta nesta semana

Nesta semana se falou de quatro grandes empresas em três eventos. Um deles envolve venda de ativos de uma empresa para outra, daí o número de eventos não ser igual. 

Trata-se da venda de 49,9% das ações antes pertencentes à XP Investimentos, a maior corretora do país, para o poderoso banco Itaú, por quase US$ 6 bilhões. Fundada em 2001, a XP teve uma ascensão fabulosa, e tornou-se sinônimo de confiabilidade e rentabilidade em setores como o Tesouro Direto, ações e fundos de investimentos, sem cobrar taxa de manutenção. Embora se assegure que a corretora e o banco terão independência entre si a curto prazo, muitos analistas econômicos e clientes da XP estão seriamente preocupados, ao verem seu dinheiro aos cuidados de uma empresa que poderá vir a ser absorvida pelo maior banco do país. 

Nesta semana o Hopi Hari também virou assunto: com R$ 700 milhões em dívidas, o tradicional parque de diversões de Vinhedo fechou. A empresa assegura que o fechamento é temporário, embora haja motivos para imaginar quanto tempo o parque vai permanecer assim - não há prazos disponiveis, por enquanto. O Hopi Hari corre o risco de ter o mesmo destino do Playcenter, fechado em 2012 e provavelmente desativado para sempre, apesar das promessas de reabertura em outro local (as instalações do parque na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, próximo à Marginal Tietê, foram retiradas completamente). Problemas de gestão, brinquedos mantidos sem o devido cuidado (que já provocaram mortes, como este blog já relatou) e falta de sintonia com o público nos últimos anos selaram o destino dos dois concorrentes na área de entretenimento.

Outra empresa, desta vez americana, é a General Motors, mais precisamente a sua filial por aqui, a Chevrolet do Brasil. O modelo Onix, o mais vendido da categoria por reunir boas qualidades como espaço interno, conforto e recursos tecnológicos, embora fique devendo em acabamento, custo-benefício e design, seguindo o exemplo de quase toda a concorrência em sua faixa de preço. Deixou a desejar principalmente no ítem "segurança", como mostrou o teste da NCAP latina. Recebeu nota ZERO em impacto lateral, um verdadeiro atentado à vida dos ocupantes e também à imagem da montadora, que não demorou em se defender, com base nas vendas do modelo, nos equipamentos de segurança (que todo carro novo é obrigado a ter, como ABS e air-bags) e ao OnStar, basicamente um serviço de atendimento a distância em caso de acidentes, que não é levado em consideração nos testes da NCAP. 

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