Maio termina, e o saldo foi negativo para o Brasil e talvez para o mundo.
Foi o mês de mais uma grande crise política, provocado pelas gravações do dono da JBS para tentar incriminar Michel Temer e Aécio Neves. Enquanto no caso deste houve desgaste acentuado e um afastamento temporário, para Temer houve o recrudescimento da oposição e ameaças de ruptura na base aliada. Partidos menores romperam. O PSDB, porém, continuou apoiando o presidente, com crescente ressalva.
Na pior parte da crise, os mercados reagiram em grande pânico, chegando a forçar um circuit-breaker, e ainda não há sinais de que tudo voltou à normalidade por causa da expectativa por reformas, as quais foram paralisadas devido à crise.
Antes, houve o tão falado depoimento entre Lula e Sérgio Moro, com uma sensação de frustração para os defensores da Lava Jato, que veem Lula como o grande beneficiário do Petrolão e, também, do esquema envolvendo o BNDES, lesado por ações de dirigentes de certas empresas como a JBS, e também para a militância petista, que não viu Lula "destruir" Moro (o contrário também não aconteceu).
Para o brasileiro comum, a convivência com o desemprego crescente - o número de pessoas a procura de emprego cresceu 23,1% entre abril de 2016 e abril de 2017 - aflige, e o desconforto piora com a sensação de falta de ordem e segurança. Em São Paulo, a desastrosa operação para desalojar habitantes da Cracolândia resultou no espalhamento dos viciados em crack em outros pontos da cidade, principalmente na Praça Princesa Isabel, que já sofria antes com a higiene e o risco de assaltos e roubos para sustentar o vício.
A boa notícia foi a queda nos juros: a reunião de hoje decidiu pela forte redução na taxa Selic, de 11,25% para 10,25%. Como sempre, o brasileiro comum vai demorar para sentir os efeitos da decisão, pois os juros do crediário e dos empréstimos não diminuem imediatamente com a medida - isso depende também do nível de inadimplência, que permanece alto: aumentou 4,3% entre as empresas, e entre as pessoas físicas o número é bastante alto: 58,3 milhões, em janeiro.
No exterior, cresceu a tensão na Coréia do Norte, com novos testes de mísseis e o envio de mais um porta-aviões para o Mar Amarelo, na costa da Coréia do Sul. Houve também atritos entre os Estados Unidos e a Europa, principalmente a Alemanha: Angela Merkel reclama do desrespeito americano aos tratados internacionais, enquanto Donald Trump fala em déficit crescente, com a Alemanha e outros países europeus contribuindo "pouco" para a Otan, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, cuja influência está perdendo terreno para a Rússia em questões como a guerra civil na Síria.
Junho começa agora e poderemos esperar por mais (más) notícias. Este ano está nos deixando com saudade de 2016!
Antes, houve o tão falado depoimento entre Lula e Sérgio Moro, com uma sensação de frustração para os defensores da Lava Jato, que veem Lula como o grande beneficiário do Petrolão e, também, do esquema envolvendo o BNDES, lesado por ações de dirigentes de certas empresas como a JBS, e também para a militância petista, que não viu Lula "destruir" Moro (o contrário também não aconteceu).
Para o brasileiro comum, a convivência com o desemprego crescente - o número de pessoas a procura de emprego cresceu 23,1% entre abril de 2016 e abril de 2017 - aflige, e o desconforto piora com a sensação de falta de ordem e segurança. Em São Paulo, a desastrosa operação para desalojar habitantes da Cracolândia resultou no espalhamento dos viciados em crack em outros pontos da cidade, principalmente na Praça Princesa Isabel, que já sofria antes com a higiene e o risco de assaltos e roubos para sustentar o vício.
A boa notícia foi a queda nos juros: a reunião de hoje decidiu pela forte redução na taxa Selic, de 11,25% para 10,25%. Como sempre, o brasileiro comum vai demorar para sentir os efeitos da decisão, pois os juros do crediário e dos empréstimos não diminuem imediatamente com a medida - isso depende também do nível de inadimplência, que permanece alto: aumentou 4,3% entre as empresas, e entre as pessoas físicas o número é bastante alto: 58,3 milhões, em janeiro.
No exterior, cresceu a tensão na Coréia do Norte, com novos testes de mísseis e o envio de mais um porta-aviões para o Mar Amarelo, na costa da Coréia do Sul. Houve também atritos entre os Estados Unidos e a Europa, principalmente a Alemanha: Angela Merkel reclama do desrespeito americano aos tratados internacionais, enquanto Donald Trump fala em déficit crescente, com a Alemanha e outros países europeus contribuindo "pouco" para a Otan, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, cuja influência está perdendo terreno para a Rússia em questões como a guerra civil na Síria.
Junho começa agora e poderemos esperar por mais (más) notícias. Este ano está nos deixando com saudade de 2016!
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