Os formadores de opinião precisam
repensar um pouco mais a respeito de sua conduta nesta crise.
Jornalistas, juristas, procuradores (inclusive os envolvidos na Lava Jato) e
cientistas políticos precisam obedecer as leis, são fiéis aos fatos, ignorar a
torcida e não dar tanto crédito para a militância.
No Brasil em crise, existe muita
gente nas categorias aludidas que obedecem à militância, são fiéis à torcida,
ignoram as leis e não dão tanto crédito para os fatos.
Cada um precisa ficar um pouco
mais em seu lugar: militância e torcida são para quem têm direito a isso. E os
formadores de opinião não têm exatamente esse direito. Devem expressar sua
opinião, mas não devem tentar induzir os leitores a acreditarem em algo diferente
do que realmente acontece.
Andam confundindo jornalismo
crítico com o do tipo hay gobierno soy
contra. Há muitos motivos para criticar, às vezes com bastante severidade,
as atitudes do atual governo, mas não devemos demonizá-lo, assim como não se
demoniza qualquer outro governo, mesmo o anterior de Dilma, tão combatido (de
forma justificada, diga-se, pois foi um fracasso) até mesmo por muitos que
enxergam em Temer uma espécie de anticristo. Governos, assim como os seres
humanos, erram e acertam em diferentes medidas.
Enquanto isso, os procuradores da Lava Jato e do caso JBS (que NÃO faz parte da Lava Jato) devem lidar com a lei sem se preocuparem tanto em serem "celebridades", os juristas devem preservar a lei e corrigir os rumos de quem impõe a Justiça neste país, inclusive as operações anti-corrupção, abstendo-se de favorecer os "justiceiros", e os cientistas políticos precisam subordinar a sua ideologia aos acontecimentos e à busca da verdade, embora, neste último caso, isso se torne uma tarefa mais difícil, principalmente para os adeptos do socialismo e simpatizantes do petismo.
Enquanto isso, os procuradores da Lava Jato e do caso JBS (que NÃO faz parte da Lava Jato) devem lidar com a lei sem se preocuparem tanto em serem "celebridades", os juristas devem preservar a lei e corrigir os rumos de quem impõe a Justiça neste país, inclusive as operações anti-corrupção, abstendo-se de favorecer os "justiceiros", e os cientistas políticos precisam subordinar a sua ideologia aos acontecimentos e à busca da verdade, embora, neste último caso, isso se torne uma tarefa mais difícil, principalmente para os adeptos do socialismo e simpatizantes do petismo.
Existem milhares de pessoas em
grupos políticos organizados que apontam a Lava Jato como um movimento
revolucionário e as eleições diretas (com uma notável falta de nomes viáveis
como alternativa a Lula, Marina Silva, Jair Bolsonaro e João Dória Jr.) como o
remédio para a crise. Não é função do jornalismo e da análise política dizer
“amém” a elas descuidadamente. Caso contrário, tornam-se meros simpatizantes da
militância, e não profissionais.
A Lava Jato é revolucionária até
certo ponto, mas sua função é investigar todos os crimes políticos, econômicos
e financeiros vindos de Brasília nos últimos anos, sem exceção e dentro da lei,
e não tentar fazer justiça a qualquer custo, sob pena de abalar sua própria
credibilidade. Quanto às eleições diretas, elas simplesmente não estão
previstas na Constituição, a qual impõe intervalos certos e regulares, e
precisam ter nomes viáveis escolhidos com critérios, pois estão decidindo os
destinos do país: eleições diretas agora sem candidatos formalizados dão
chances para os aventureiros e “salvadores da pátria”.
Se os formadores de opinião
querem ter visão crítica, não podem brigar com a realidade nem querer agradar a
plateia só para ter audiência. Caso contrário, correm o risco de distorcer a
verdade e se tornarem deformadores, não
formadores. Isso é um perigo, ainda mais diante da crise decorrente do maior esquema de corrupção já visto neste século, que dilapidou avidamente o NOSSO DINHEIRO.
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