Depois de um período difícil enfrentado pelo povo brasileiro durante os dois mandatos do governo Dilma, até o processo de impeachment, o Brasil parecia voltar à tranquilidade com o governo do vice, Temer, considerado tíbio pelos conservadores e "golpista" pelos antigos partidários da presidente destituída.
Mesmo assim, os protestos contra o governo eram pacíficos e ordeiros, até agora.
Black blocs voltaram a agir e provocaram violência, em atos comparáveis a 2013, quando eles se aproveitaram do descontentamento para causarem baderna. Agora, eles ousaram: colocaram fogo dentro do Ministério da Agricultura, com o pretexto de dar um basta às reformas trabalhista e previdenciária. Escolheram o Ministério da Agricultura e não o do Trabalho e da Previdência Social, por mero detalhe: eles querem a queda do "usurpador" Temer. Consta que outro prédio, o do ministério da Fazenda, também foi atacado.
Fogo afeta o prédio do Ministério da Agricultura, em Brasília (Marlene Gomes/Correio Braziliense) |
Em resposta, o Ministério da Defesa Raul Jungmann disse que vai colocar o Exército para proteger os ministérios, até o próximo dia 31. O problema é alegar uma razão falsa: Rodrigo Maia teria pedido a intervenção, para evitar tumultos que possam atrapalhar a votação das reformas. O presidente da Câmara desmentiu Jungmann.
Enquanto isso, chovem pedidos de impeachment de Temer, e a chapa Dilma-Temer pode ser julgada no mês que vem, para considerar todo o período 2014-2018 como ocupado por governos fraudulentos, e não só de Temer, com chances razoáveis de cassar os direitos políticos dos envolvidos.
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