Estampa de uma marca carioca de camisetas - adequada ao momento do Brasil nesta década |
Ações derretendo, dólar explodindo, e pedidos para tomada de medidas extremas. Isso ocorreu em 2015 e 2016, e repete-se em 2017, no ameaçado governo Temer.
Quando tudo parecia caminhar para uma recuperação lenta demais, gradual em excesso e não muito segura, parafraseando o famigerado mote da abertura política no período final da ditadura militar, as relevações do dono da JBS revelaram os podres do governo atual, derivado do antigo por ser Temer o antigo vice-presidente de Dilma.
O senador tucano Aécio Neves e Guido Mantega, antigo homem forte da economia sob Dilma, foram também citados por Joesley Batista. Aécio já foi suspenso do cargo por ordem de Edson Fachin, e pode ser cassado. Por enquanto, Mantega ainda está pouco exposto nos holofotes, mas é questão de tempo até ele ser incomodado de verdade.
Quanto ao principal nome, Temer, pronunciou-se hoje e confirmou o encontro com Joesley, mas nega categoricamente ter comprado o silêncio de Eduardo Cunha. Ele também fez questão de dizer que não renunciará, embora isso seja, para muitos, uma saída honrosa, defendida pelo MBL, pelo Movimento Brasil Livre, pela líder do movimento pró-impeachment de Dilma, Janaína Paschoal, e até por Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil. Este último fez um apelo para o Congresso, o Judiciário e o governo preservarem as instituições e a lei.
Enquanto isso, os brasileiros estão vendo, desolados, a rápida e aterrorizante deterioração do sistema político-partidário no país, mal sustentado durante todo esse tempo até a ascensão de Lula, que conseguiu piorá-lo ainda mais em nome da "governabilidade", e se tornou pútrido com Dilma e Temer. O país está entregue à catatonia, de volta a um caminho sem rumo, à espera de milagres impossíveis e soluções ora fáceis e por demais ilusórias, ora efetivas mas cuja implementação parece muito difícil.
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