Não, não é o juízo das cabeças de gente fanatizada pela campanha eleitoral e viciada em fake news, e muito menos o bom senso dos candidatos na eleição mais traumática desde 1989. É o crânio de Luzia.
Está totalmente despedaçado, mas pelo menos dá para colar as partes e fazer uma restauração. Pelo menos acharam uma das peças a serem recuperadas do incêndio sofrido no Museu Nacional, no mês passado, por conta da irresponsabilidade iconoclasta.
Museu Nacional exibe parte dos fragmentos do crânio de Luzia, a mulher mais antiga catalogada no Brasil (Estefan Radowicz/O Dia) |
Espera-se que os eleitos tratem de tomar medidas para impedir novos atentados à nossa cultura, pois não poderemos mesmo fazer muita coisa a respeito do Museu Nacional, cujo acervo desapareceu para sempre. Não poderão impedir que, daqui a outros 12.000 anos, tempo decorrido entre a morte de Luzia e os nossos tempos, os futuros habitantes lamentem a existência de fósseis representados por nossos restos mortais, caso eles forem mais evoluídos do que nossa "civilização".
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