Por fim, temos os deputados estaduais, membros das Câmaras e encarregados de criar e revogar as leis para cada Estado da nossa "federação" (excessivamente centralizada e hierarquizada para ser considerada dessa forma).
Enganam-se aqueles que veem nos deputados estaduais políticos mais inofensivos, podendo escolher qualquer um. Se eles não trabalham direito, a qualidade administrativa dos Estados fica arruinada.
Em São Paulo, o destaque ficou mesmo para a advogada Janaína Paschoal, a "dama" do impeachment. Advogada e filiada do PSL, ela ganhou mais de dois milhões de votos. Conseguiu mais votos do que muito presidenciável ao longo de todo o País, embora obviamente deputados tanto estaduais quanto federais só recebam votos em seus Estados de origem. Muitos lamentam pela equipe de Jair Bolsonaro não tê-la aceito como vice. Talvez seria mais fácil a eleição já no primeiro turno, e não haveria problemas com o general Mourão.
Janaína Paschoal foi a autora do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, em 2015 |
A lista possui muitos militares, policiais, nomes estranhos, como Arthur "Mamãe Falei" e também defensores do PT e do socialismo em geral, para mostrar que São Paulo não é um reduto de "direitistas".
Arthur Mamãe Falei | DEM | |
Carlos Giannazi | PSOL | |
Coronel Telhada | PP |
Janaina Paschoal | PSL |
Nos outros Estados, houve uma multiplicação de deputados ligados a Jair Bolsonaro e aumento de eleitos opositores intransigentes da antiga ordem vigente entre 2003 e 2016, como os representantes do jovem partido NOVO. Só no Rio de Janeiro, foram 13 membros do PSL, em um Estado sempre visto como "esquerdista". Um deles foi o mais votado do Estado: Rodrigo Amorim, flagrado posando com uma placa de rua destruída homenageando Marielle Franco, num gesto imbecil e sectário. Leci Brandão (PCdoB), ligada ao Carnaval, se destaca entre os integrantes da "esquerda" na Alerj. Fora ela, não há nenhuma celebridade eleita como deputado estadual no país.
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