segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Começa o mês da eleição

Outubro é o mês das eleições, onde cada brasileiro terá a oportunidade de votar no deputado, senador, governador e presidente. Mais do que nunca, o voto será decisivo não só para a vida de cada um de nós, mas também para a sobrevivência do Brasil como um país democrático, porque desde a redemocratização as liberdades públicas e as instituições nunca estiveram tão ameaçadas. Portanto, se votarmos errado, em quem não merece ser eleito, seremos co-responsáveis por tudo o que ocorrer de nefasto, ou mesmo terrível, que possa acontecer no país, a ponto de colocar até a própria existência da nação em xeque. 

E este mês promete muitas emoções fortes, com choro e ranger de dentes, como o precedente. 

Hoje, já tivemos a quebra parcial do sigilo da delação feita por Antônio Palocci, autorizada por Sérgio Moro. Não faltarão quem acuse o juiz de querer influenciar na eleição, desqualificando o ex-homem forte de Lula como fazem os petistas. Mas isso pode fazer o país relembrar a rapinagem sofrida pela Petrobras, com a conivência ou apoio mal disfarçado dos últimos governos. Essa situação pode colocar em perigo a candidatura de Haddad e gera munição para os adversários que querem disputar o segundo turno com Jair Bolsonaro. Leia AQUI e AQUI, de acordo com o portal UOL. Resta saber se isso irá convencer parte do eleitorado em condições tão ruins de vida, e tão precário em infra-estrutura, saúde, educação e informação, que julga ver em Haddad um continuador da obra de Lula, visto como um "pai dos pobres", melhor do que Dilma Rousseff. 

Tivemos mais uma manifestação de destempero verbal de Donald Trump, acusando o Brasil de tratar injustamente as empresas americanas. O país nem estava na pauta, pois o assunto era outro: o acordo comercial entre os Estados Unidos e o México. 

Os indonésios, principalmente quem mora em Sulawesi, choram os mortos e os prejuízos causados pelo terremoto no final do mês passado, seguido por um tsunami, matando até agora 844 pessoas; os números podem chegar ao milhar, devido ao número de desaparecidos. E há risco ainda de novos tremores secundários. 

Também neste dia morreu Charles Aznavour, o famoso cantor e ator francês de origem armênia, autor de mais de 800 gravações e participante de dezenas de filmes como Tirer sur le Pianiste, de François Truffaut. O mundo há de lamentar profundamente, num tempo onde os talentos vocais não são devidamente valorizados e os cantores de sucesso atuais não se destacam pela qualidade no canto e sim pelo seu desempenho no palco. Já houve a perda da Ângela Maria, no Brasil, enquanto o país está infestado de "cantores" que não podem ser comparados à ela, representante de outros tempos. Nosso planeta é refém da cacofonia, e não se sabe quando isso irá mudar. 


Charles Aznavour (1924-2018) foi o nome da chansson francesa das últimas décadas (AFP)

Mas outubro também é um mês de datas marcantes e campanhas importantes.

Começamos com o Dia Mundial do Idoso, e na maior parte dos países, as pessoas que chegam em determinada idade são maltratadas, discriminadas, abusadas e vilipendiadas pelos mais jovens. Uma sociedade tem seu direito de existência posto em questão se não respeita os mais vividos e experientes. E ainda existem o trigésimo aniversário da Constituição de 1988, a ser abordado em um próximo post, no dia 5, o dia do professor (15), da alimentação (16), da vacinação (17), da Cruz Vermelha (26) e, para o entretenimento, o Halloween, importado dos Estados Unidos (31).

Outubro também nos lembra do câncer de mama, tema do mês ("Outubro rosa"), sucedendo o "Setembro amarelo" dedicado à prevenção dos suicídios. Este tipo de câncer mata 13 em cada 100.000 mulheres por ano, segundo dados do INCA referentes ao ano de 2015. É possível diagnosticá-lo com medidas como o exame precoce das mamas e outros receitados pelos médicos, e os hábitos saudáveis podem diminuir as chances desse mal aparecer.


N. do A.: Na próxima postagem, vou exibir os nomes dos selos "Orgulho Nacional" e "Vergonha Nacional". Como sempre, faltam candidatos ao primeiro selo, enquanto sobram outros, no segundo.

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