terça-feira, 9 de outubro de 2018

Resultados da eleição - Parte 2 - Os elementos do Congresso

Tanto Bolsonaro como Haddad precisam contar com o apoio dos senadores e deputados eleitos pelos brasileiros, para compor o Congresso Nacional. Os congressistas terão que formular as leis e julgar as decisões do Planalto, assim como defender os interesses de seus Estados.

Alexandre Frota vai se juntar ao Tiririca e representar São Paulo sob a cúpula convexa. Ele se defendeu dos detratores, falando que o Congresso "só tem pu(...)a" e ele seria apenas "mais um". 


Em São Paulo, Eduardo Suplicy (PT) ficou de fora da corrida pelo Senado, e será uma perda muito sentida para Fernando Haddad. Quem ganhou as duas vagas foi o Major Olímpio (PSL), aliado de Bolsonaro, e a tucana Mara Gabrilli (PSDB). O outro tucano, Roberto Trípoli (PSDB), também ficou de fora, e isso mostra o enfraquecimento dos tucanos até mesmo em São Paulo. Entre os deputados federais, temos vários policiais, como a soldado Katia Sastre (PR), aquela mesma que matou um assaltante para defender alunos de uma escola, e elementos da chamada "direita política", como o ativista Kim Kataguiri (DEM), o pastor Marco Feliciano (Podemos) e, principalmente, Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do Jair, além de três deputados do jovem partido NOVO. Não faltam tipos excêntricos, como o Tiririca (PR) e o ator pornô Alexandre Frota (PSL), um paradoxo ambulante por defender valores conservadores e ter participado de filmes gays.


Eduardo Bolsonaro - PSL - 8,74% - 1.843.735 
Joice Hasselmann - PSL - 5,11% - 1.078.666 
Celso Russomanno - PRB - 2,47% - 521.728 
Kim Kataguiri - DEM - 2,21% - 465.310 
Tiririca - PR - 2,15% - 453.855 
Tabata Amaral - PDT - 1,25% - 264.450 
Policial Katia Sastre - PR - 1,25% - 264.013 
Sâmia Bomfim - PSOL - 1,18% - 249.887 
Capitão Augusto - PR - 1,15% - 242.327 
Pastor Marco Feliciano - PODE - 1,14% - 239.784 
Baleia Rossi - MDB - 1,01% - 214.042 
Vinicius Poit - NOVO - 0,98% - 207.118 
Luiza Erundina - PSOL - 0,84% - 176.883 
Renata Abreu - PODE - 0,76% - 161.239 
Rui Falcão - PT - 0,75% - 158.389 
Alexandre Frota - PSL - 0,74% - 155.522 
Ivan Valente - PSOL - 0,74% - 155.334 
Marcos Pereira - PRB - 0,66% - 139.165 
Carlos Zarattini - PT - 0,65% - 137.909 
Marco Bertaiolli - PSD - 0,65% - 137.628 
Marcio Alvino - PR - 0,64% - 135.844 
Guilherme Mussi - PP - 0,64% - 134.301 
Arnaldo Jardim - PPS - 0,63% - 132.363 
Alex Manente - PPS - 0,60% - 127.366 
Bruna Furlan - PSDB - 0,60% - 126.847 
Carlos Sampaio - PSDB - 0,60% - 125.666 
Nilto Tatto - PT - 0,59% - 124.281 
Ricardo Izar - PP - 0,58% - 121.869 
Vitor Lippi PSDB - 0,57% - 120.529 
Tenente Derrite - PP - 0,56% - 119.034 
Cezinha de Madureira - PSD - 0,56% - 119.024 
Fausto Pinato - PP - 0,56% - 118.684 
Luiz Philippe O. Bragança PSL - 0,56% - 118.457 
Alexandre Leite DEM - 0,55% - 116.416 
Paulo Freire Costa PR - 0,52% - 109.461 
Enrico Misasi PV - 0,51% - 108.038 
Rosana Valle PSB - 0,50% - 106.100 
Samuel Moreira PSDB - 0,49% - 103.215 
Vanderlei Macris PSDB - 0,49% - 102.708 
Rodrigo Agostinho PSB - 0,47% - 100.179 
Jefferson Campos PSB - 0,47% - 99.974 
David Soares DEM - 0,47% - 99.865 
Coronel Tadeu PSL - 0,47% - 98.373 
Vinicius Carvalho PRB - 0,46% - 97.862 
Eduardo Cury PSDB - 0,45% - 94.282 
Miguel Lombardi PR - 0,44% - 93.093 
Eli Corrêa Filho DEM - 0,44% - 92.257 
Gilberto Nascimento PSC - 0,44% - 91.797 
Geninho Zuliani DEM - 0,42% - 89.378 
Alexandre Padilha PT - 0,42% - 87.576 
Arlindo Chinaglia PT - 0,41% - 87.449 
Professor Luiz Flavio Gomes PSB - 0,41% - 86.433 
Roberto Alves PRB - 0,39% - 82.097 
Junior Bozzella PSL - 0,37% - 78.712 
Paulo Teixeira PT - 0,37% - 78.512 
Milton Vieira PRB - 0,37% - 77.413 
Carla Zambelli PSL - 0,36% - 76.306 
Paulinho da Força SD - 0,36% - 75.613 
Luiz Carlos Motta PR - 0,36% - 75.218 
General Peternelli PSL - 0,35% - 74.190 
Maria Rosas PRB - 0,34% - 71.745 
Vicentinho PT - 0,33% - 70.645 
Abou Anni PSL - 0,33% - 69.256 
Alencar Santana - PT - 0,32% - 67.892 
Orlando Silva PC do B - 0,31% - 64.822 
Adriana Ventura NOVO - 0,30% - 64.341 
Roberto de Lucena PODE - 0,27% - 56.033 
Herculano Passos MDB - 0,24% - 49.653 
Alexis NOVO - 0,21% - 45.298 
Guiga Peixoto PSL - 0,15% - 31.718

Nos outros estados, o destaque fica para Minas Gerais, a terra de Dilma e Aécio. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) tentou a vaga para o Senado, mas se deu muito mal. Dois novos senadores podem complicar as coisas para Haddad, por serem contrários ao PT: Rodrigo Pacheco (DEM) e Carlos Viana (PHS). Entre os deputados, uma má surpresa para quem defende a ética na política: Aécio Neves (PSDB), ex-candidato à Presidência em 2014 e réu por corrupção, conseguiu a vaga.

Celebridades e sub-celebridades como o namorado de Fátima Bernardes Túlio Gadelha (PDT) conseguiram um lugar no Congresso. Outros mais experientes (a exemplo do Tiririca) continuarão lá: é o caso de Bebeto (Podemos), o "chorão" da campanha do tetracampeonato. Jorge Kajuru (PRP), locutor esportivo, vai ter espaço sob a cúpula côncava, como representante de Goiás.

O Distrito Federal terá como representante a ex-jogadora de vôlei Leila (PSB), junto com o desconhecido (fora de Brasília) Izalci (PSDB). Os dois tiraram a vaga de Cristovam Buarque (PPS), que ficou no Congresso por 16 anos.

Muitos se preocuparam pois 91% dos investigados pela Lava Jato estavam tentando se reeleger, mas boa parte deles ficaram pelo caminho. É o caso de Romero Jucá (MDB), derrotado em Roraima e possivelmente alvo da Força Tarefa no ano que vem. Eunício Oliveira (MDB), atual presidente do Congresso, vai ficar sem vaga em 2019. Outros, como Edison Lobão (MDB), Jorge Viana (PT), Lindbergh Farias (PT), Marconi Perillo (PSDB), Lúcio Vieira Lima (MDB), Heráclito Fortes (DEM), João Carlos Aleluia (DEM), Yeda Crusius (PSDB) e outros, fracassaram em tentar continuar com o foro especial por prerrogativa de função, que os tornariam virtualmente protegidos de Sérgio Moro, Marcelo Bretas e outros juízes temíveis.

Além de Aécio, Gleisi Hoffmann (PT), Jader Barbalho (MDB), Ciro Nogueira (PP) e o "rei" de Alagoas Renan Calheiros (MDB) tiveram melhor sorte e vão continuar a dar as cartas no Legislativo. Não terão a mesma facilidade, devido à bancada eleita por conta da "Lava Jato", ainda mais se eles mostrarem habilidade e capacidade de negociação política.  

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