Tanto Bolsonaro como Haddad precisam contar com o apoio dos senadores e deputados eleitos pelos brasileiros, para compor o Congresso Nacional. Os congressistas terão que formular as leis e julgar as decisões do Planalto, assim como defender os interesses de seus Estados.
Alexandre Frota vai se juntar ao Tiririca e representar São Paulo sob a cúpula convexa. Ele se defendeu dos detratores, falando que o Congresso "só tem pu(...)a" e ele seria apenas "mais um". |
Em São Paulo, Eduardo Suplicy (PT) ficou de fora da corrida pelo Senado, e será uma perda muito sentida para Fernando Haddad. Quem ganhou as duas vagas foi o Major Olímpio (PSL), aliado de Bolsonaro, e a tucana Mara Gabrilli (PSDB). O outro tucano, Roberto Trípoli (PSDB), também ficou de fora, e isso mostra o enfraquecimento dos tucanos até mesmo em São Paulo. Entre os deputados federais, temos vários policiais, como a soldado Katia Sastre (PR), aquela mesma que matou um assaltante para defender alunos de uma escola, e elementos da chamada "direita política", como o ativista Kim Kataguiri (DEM), o pastor Marco Feliciano (Podemos) e, principalmente, Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do Jair, além de três deputados do jovem partido NOVO. Não faltam tipos excêntricos, como o Tiririca (PR) e o ator pornô Alexandre Frota (PSL), um paradoxo ambulante por defender valores conservadores e ter participado de filmes gays.
Eduardo Bolsonaro - PSL - 8,74% - 1.843.735
Joice Hasselmann - PSL - 5,11% - 1.078.666
Celso Russomanno - PRB - 2,47% - 521.728
Kim Kataguiri - DEM - 2,21% - 465.310
Tiririca - PR - 2,15% - 453.855
Tabata Amaral - PDT - 1,25% - 264.450
Policial Katia Sastre - PR - 1,25% - 264.013
Sâmia Bomfim - PSOL - 1,18% - 249.887
Capitão Augusto - PR - 1,15% - 242.327
Pastor Marco Feliciano - PODE - 1,14% - 239.784
Baleia Rossi - MDB - 1,01% - 214.042
Vinicius Poit - NOVO - 0,98% - 207.118
Luiza Erundina - PSOL - 0,84% - 176.883
Renata Abreu - PODE - 0,76% - 161.239
Rui Falcão - PT - 0,75% - 158.389
Alexandre Frota - PSL - 0,74% - 155.522
Ivan Valente - PSOL - 0,74% - 155.334
Marcos Pereira - PRB - 0,66% - 139.165
Carlos Zarattini - PT - 0,65% - 137.909
Marco Bertaiolli - PSD - 0,65% - 137.628
Marcio Alvino - PR - 0,64% - 135.844
Guilherme Mussi - PP - 0,64% - 134.301
Arnaldo Jardim - PPS - 0,63% - 132.363
Alex Manente - PPS - 0,60% - 127.366
Bruna Furlan - PSDB - 0,60% - 126.847
Carlos Sampaio - PSDB - 0,60% - 125.666
Nilto Tatto - PT - 0,59% - 124.281
Ricardo Izar - PP - 0,58% - 121.869
Vitor Lippi PSDB - 0,57% - 120.529
Tenente Derrite - PP - 0,56% - 119.034
Cezinha de Madureira - PSD - 0,56% - 119.024
Fausto Pinato - PP - 0,56% - 118.684
Luiz Philippe O. Bragança PSL - 0,56% - 118.457
Alexandre Leite DEM - 0,55% - 116.416
Paulo Freire Costa PR - 0,52% - 109.461
Enrico Misasi PV - 0,51% - 108.038
Rosana Valle PSB - 0,50% - 106.100
Samuel Moreira PSDB - 0,49% - 103.215
Vanderlei Macris PSDB - 0,49% - 102.708
Rodrigo Agostinho PSB - 0,47% - 100.179
Jefferson Campos PSB - 0,47% - 99.974
David Soares DEM - 0,47% - 99.865
Coronel Tadeu PSL - 0,47% - 98.373
Vinicius Carvalho PRB - 0,46% - 97.862
Eduardo Cury PSDB - 0,45% - 94.282
Miguel Lombardi PR - 0,44% - 93.093
Eli Corrêa Filho DEM - 0,44% - 92.257
Gilberto Nascimento PSC - 0,44% - 91.797
Geninho Zuliani DEM - 0,42% - 89.378
Alexandre Padilha PT - 0,42% - 87.576
Arlindo Chinaglia PT - 0,41% - 87.449
Professor Luiz Flavio Gomes PSB - 0,41% - 86.433
Roberto Alves PRB - 0,39% - 82.097
Junior Bozzella PSL - 0,37% - 78.712
Paulo Teixeira PT - 0,37% - 78.512
Milton Vieira PRB - 0,37% - 77.413
Carla Zambelli PSL - 0,36% - 76.306
Paulinho da Força SD - 0,36% - 75.613
Luiz Carlos Motta PR - 0,36% - 75.218
General Peternelli PSL - 0,35% - 74.190
Maria Rosas PRB - 0,34% - 71.745
Vicentinho PT - 0,33% - 70.645
Abou Anni PSL - 0,33% - 69.256
Alencar Santana - PT - 0,32% - 67.892
Orlando Silva PC do B - 0,31% - 64.822
Adriana Ventura NOVO - 0,30% - 64.341
Roberto de Lucena PODE - 0,27% - 56.033
Herculano Passos MDB - 0,24% - 49.653
Alexis NOVO - 0,21% - 45.298
Guiga Peixoto PSL - 0,15% - 31.718
Nos outros estados, o destaque fica para Minas Gerais, a terra de Dilma e Aécio. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) tentou a vaga para o Senado, mas se deu muito mal. Dois novos senadores podem complicar as coisas para Haddad, por serem contrários ao PT: Rodrigo Pacheco (DEM) e Carlos Viana (PHS). Entre os deputados, uma má surpresa para quem defende a ética na política: Aécio Neves (PSDB), ex-candidato à Presidência em 2014 e réu por corrupção, conseguiu a vaga.
Celebridades e sub-celebridades como o namorado de Fátima Bernardes Túlio Gadelha (PDT) conseguiram um lugar no Congresso. Outros mais experientes (a exemplo do Tiririca) continuarão lá: é o caso de Bebeto (Podemos), o "chorão" da campanha do tetracampeonato. Jorge Kajuru (PRP), locutor esportivo, vai ter espaço sob a cúpula côncava, como representante de Goiás.
O Distrito Federal terá como representante a ex-jogadora de vôlei Leila (PSB), junto com o desconhecido (fora de Brasília) Izalci (PSDB). Os dois tiraram a vaga de Cristovam Buarque (PPS), que ficou no Congresso por 16 anos.
Muitos se preocuparam pois 91% dos investigados pela Lava Jato estavam tentando se reeleger, mas boa parte deles ficaram pelo caminho. É o caso de Romero Jucá (MDB), derrotado em Roraima e possivelmente alvo da Força Tarefa no ano que vem. Eunício Oliveira (MDB), atual presidente do Congresso, vai ficar sem vaga em 2019. Outros, como Edison Lobão (MDB), Jorge Viana (PT), Lindbergh Farias (PT), Marconi Perillo (PSDB), Lúcio Vieira Lima (MDB), Heráclito Fortes (DEM), João Carlos Aleluia (DEM), Yeda Crusius (PSDB) e outros, fracassaram em tentar continuar com o foro especial por prerrogativa de função, que os tornariam virtualmente protegidos de Sérgio Moro, Marcelo Bretas e outros juízes temíveis.
Além de Aécio, Gleisi Hoffmann (PT), Jader Barbalho (MDB), Ciro Nogueira (PP) e o "rei" de Alagoas Renan Calheiros (MDB) tiveram melhor sorte e vão continuar a dar as cartas no Legislativo. Não terão a mesma facilidade, devido à bancada eleita por conta da "Lava Jato", ainda mais se eles mostrarem habilidade e capacidade de negociação política.
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