Entre os Estados, muitos deles não conseguiram escapar de ver, também, um segundo turno. Nem São Paulo, que elegeu nomes tucanos sem precisar desse recurso.
A corrida pelo governo de São Paulo ficou muito dividida, entre João Dória, representante do PSDB, Paulo Skaf (MDB), presidente da Fiesp, e Márcio França (PSB), o governador que tenta a reeleição após ocupar a vaga deixada por Geraldo Alckmin.
João Dória quer o governo paulista, e para isso enfrentará o atual ocupante, Márcio França, que conseguiu dar uma "rasteira" em Paulo Skaf nas urnas. |
Dória foi rejeitado até por tradicionais eleitores dos tucanos, por ter abandonado a Prefeitura de São Paulo para tentar a vaga como governador. O que ele queria mesmo era a Presidência, mas precisou ceder em favor de Alckmin. Não teve uma campanha tranquila, e mesmo ganhando mais votos do que seus concorrentes, e mesmo levando mais do que Alckmin teve em todo o Brasil (6,4 milhões de votos, contra 5,1 milhões do ex-governador), vai precisar suar novamente na campanha.
Seu oponente, contrariando as pesquisas, é Márcio França, o atual governador. Ele soube usar a máquina do governo e apareceu na inauguração de algumas obras, todas iniciadas na gestão de Alckmin. Recebeu 21,53% dos votos, contra 31,77% faturados por Dória. E a diferença entre os votos do pessebista e de Skaf foi irrisória: 89 mil votos.
Por pouco, Paulo Skaf não foi para o segundo turno, após a campanha toda apontado como o virtual concorrente do tucano. Pesou contra ele ser representante do MDB, uma sigla malvista por muitos paulistas (é o mesmo partido do presidente Temer) e não contar com a máquina estatal, como Márcio França. Skaf foi o idealizador dos famigerados patos infláveis amarelos, símbolos da luta pelo impeachment de Dilma. Por isso, ele foi tachado de "golpista" por gente que não quis considerar o fato do impeachment ser um instrumento legal para punir maus governantes, como a ex-presidente.
Luís Marinho (PT) pagou o preço de fazer uma campanha explicitamente ligada a Lula e não a Haddad. Ficou com 12,66%.
O major Costa e Silva (DC), pouco conhecido, ficou com 3,69%, enquanto Rogério Chequer (Novo), ganhou 3,32%. Chequer é representante de uma sigla praticamente recém-fundada, mas foi relativamente bem votado. Rodrigo Tavares (PRTB) recebeu 3,21%. Só esses três representantes da "direita" receberam mais de 10% dos votos e atrapalharam Dória, visto como oportunista, "fujão" (por causa da Prefeitura paulistana) e "centrista".
A professora Lisete até que não foi tão mal para alguém do PSOL, com 2,51%. Outros candidatos receberam pouquíssimos votos, como o professor Cláudio Fernando do PMN (0,14%) e o representante socialista Toninho Ferreira (0,08%); outros dois foram impugnados: Marcelo Cândido (PDT) e Lílian Miranda (PCO).
Em outros Estados, metade deles (13) conseguiu se "livrar" do segundo turno:
- AC: Gladson Cameli (PP), com 53,71% dos votos;
- AL: Renan Filho (MDB), com 77,30%;
- BA: Rui Costa (PT), com 75,50%;
- CE: Camilo (PT), com 79,96%;
- ES: Renato Casagrande (PSB), com 55,49%;
- GO: Ronaldo Caiado (DEM), com 59,73%;
- MA: Flávio Dino (PCdoB), com 59,29%;
- MT: Mauro Mendes (DEM), com 58,69%;
- PB: João Azevedo (PSB), com 58,18%;
- PE: Paulo Câmara (PSB), com 50,70%;
- PI: Wellington Dias (PT), com 55,65%;
- PR: Carlos Massa "Ratinho" Jr. (PSD), com 59,99%;
- TO: Mauro Carlessi (PHS), com 57,39%.
Chama a atenção para esta lista o nome de Renan Filho, da dinastia Calheiros. Seu pai também se elegeu senador, como foi visto na postagem anterior. Não tão chamativo é o nome de Ratinho Jr., filho do apresentador do SBT. Ronaldo Caiado, ex-presidenciável em 1989, foi eleito governador de Goiás, e, no Maranhão, a família Sarney comprova sua decadência ao fracassar contra Flávio Dino. Aliás, no Nordeste, não faltam nomes de "esquerda", e três governadores são do PT, demonstrando a força de Lula naquela região.
Os demais 13 Estados e o Distrito Federal ainda vão disputar o segundo turno. No Rio de Janeiro, a "zebra" William Witzel (PSC) conseguiu superar Romário (Podemos) e vai disputar com Eduardo Paes (DEM) em um duelo de "direita", num Estado que já foi um dos refúgios dos socialistas. Em Minas Gerais, destaque para Romeu Zema, único representante do "partido NOVO" no Executivo, contra o ex-governador Antônio Anastasia (PSDB). O MDB, tirando o caso de Renan Filho em Alagoas, só tem esperança de emplacar alguém no Rio Grande do Sul, com Ivo Sartori, no Pará, com Helder Barbalho, e Ibaneis, no DF. É um golpe duro para o ex-maior partido político do Brasil.
- PE: Paulo Câmara (PSB), com 50,70%;
- PI: Wellington Dias (PT), com 55,65%;
- PR: Carlos Massa "Ratinho" Jr. (PSD), com 59,99%;
- TO: Mauro Carlessi (PHS), com 57,39%.
Chama a atenção para esta lista o nome de Renan Filho, da dinastia Calheiros. Seu pai também se elegeu senador, como foi visto na postagem anterior. Não tão chamativo é o nome de Ratinho Jr., filho do apresentador do SBT. Ronaldo Caiado, ex-presidenciável em 1989, foi eleito governador de Goiás, e, no Maranhão, a família Sarney comprova sua decadência ao fracassar contra Flávio Dino. Aliás, no Nordeste, não faltam nomes de "esquerda", e três governadores são do PT, demonstrando a força de Lula naquela região.
Os demais 13 Estados e o Distrito Federal ainda vão disputar o segundo turno. No Rio de Janeiro, a "zebra" William Witzel (PSC) conseguiu superar Romário (Podemos) e vai disputar com Eduardo Paes (DEM) em um duelo de "direita", num Estado que já foi um dos refúgios dos socialistas. Em Minas Gerais, destaque para Romeu Zema, único representante do "partido NOVO" no Executivo, contra o ex-governador Antônio Anastasia (PSDB). O MDB, tirando o caso de Renan Filho em Alagoas, só tem esperança de emplacar alguém no Rio Grande do Sul, com Ivo Sartori, no Pará, com Helder Barbalho, e Ibaneis, no DF. É um golpe duro para o ex-maior partido político do Brasil.
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