Não adiantou o presidente Jair Bolsonaro criticar a Petrobras por sua política de preços, reflexo da fraquíssima concorrência na distribuição dos derivados de petróleo. A estatal, refletindo a escalada de preços do barril devido à guerra da Rússia contra a Ucrânia, aumentou em 18,8% o preço da gasolina e em 24,9% o do diesel.
Caminhoneiros e empresários ficaram furiosos com a medida, assim como o presidente da Câmara Arthur Lira, que comparou o procedimento da estatal com um "tapa na cara".
É possível haver mais aumentos, com o recrudescimento do conflito. Isso pode fazer Paulo Guedes implantar um sistema de subsídios, para evitar paralisações e gerar uma crise econômica capaz de causar tantos estragos quanto a pandemia. Caso houver o pior cenário - uma guerra em maior escala - não vai adiantar, apenas, comparar a direção da Petrobras com o governo russo. Terá o efeito de um boicote contra o estrogonofe ou jogar no lixo os livros de Tolstoi.
Frentista de um posto da Petrobras - note o cano da bomba de combustível parecendo um canhão russo apontado para uma "vítima" (Imagem Google) |
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