Políticos têm a má fama de mentirem, ainda mais no Brasil, onde boa parte da população trata seus representantes públicos como versões pioradas do personagem Pinocchio. Afinal, o personagem dos contos de fada é um boneco inocente, enquanto eles não são inocentes, embora muitos dos excelentíssimos senhores em questão sejam vistos como bonecos a mando de alguém.
Hoje, o governador de São Paulo João Dória disse ter desistido da Presidência, com base nos números das pesquisas eleitorais, onde ele não está se saindo bem e seu índice de rejeição costuma ser bem alto. Os números das pesquisas são conflitantes, mas o índice negativo é sempre acima de 30%. Mais tarde, ele surpreende e anuncia sua saída do governo de São Paulo, para... disputar a Presidência.
Por outro lado, o presidente Bolsonaro defendeu o golpe militar ocorrido há 58 anos, justificando a medida como "luta da verdade contra a mentira, da história contra a estória, do bem contra o mal", na sua interpretação subjetiva da verdade, bem ao estilo salvacionista tomado na sua campanha à reeleição. Ele também falou de "amadurecimento político", quando no regime militar a sociedade foi forçada a desaprender a fazer política. Era o autoritarismo, as torturas, os desaparecidos políticos, os governadores e prefeitos nomeados ao invés de eleitos, enquanto na oposição havia a luta armada e os atos terroristas.
Além disso, há o ex-presidente Lula, afirmando, durante o lançamento da candidatura de Jerônimo Rodrigues para o governo da Bahia, que quem acreditou na Lava Jato foi "enganado", fazendo muita gente se recordar de uma fala anterior, quando ele disse ser a "alma mais inocente do mundo". A farta documentação obtida durante as investigações da Lava Jato não pode ser considerada um engano.
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