Ayrton Senna nos deu muita alegria nas manhãs de domingo, durante o começo dos anos 1990. O autor deste blog acompanhava as corridas de Fórmula 1, como muitos faziam, e se alegrava com as vitórias. Eram memoráveis os gritos do Galvão Bueno quando isso acontecia, tocando o "Hino da Vitória" nas transmissões da Rede Globo.
Nos jornais e nas revistas de automobilismo, a mídia explorava não só as façanhas de Senna, mas as suas rivalidades, principalmente com o francês Alain Prost, e com o também brasileiro, e carioca, Nelson Piquet, outro ídolo tricampeão, que nunca morreu de amores pelo compatriota paulista.
Por outro lado, a trágica morte do piloto foi uma das coisas mais amargas e desagradáveis desta década. No dia 1º de maio de 1994, aconteceu o inaceitável, o inacreditável. Na curva Tamburello, o então tricampeão pereceu.
Muitos até agora imaginam como isso ocorreu. Foi preciso ter sacrificado a vida do piloto, enterrado como herói nacional, para a F-1 se preocupar de forma mais séria com a segurança dos carros, pois o carro se despedaçou e parte da suspensão varou o capacete de Senna. Isso teria contribuído para a morte, mas não de forma decisiva, de acordo com o depoimento recente do médico Alessandro Misley. A falta de amortecimento para minimizar os efeitos da desaceleração foram mais decisivos. Misley foi o principal responsável pelo resgate do ídolo brasileiro, mas já era muito tarde. O crânio estava praticamente arrebentado, e o piloto sangrava.
Acompanhar a morte de Senna pela TV foi algo terrível. Meses depois, a Seleção Brasileira da CBF ganhou o tetracampeonato e o "Hino da Vitória" foi tocado. E o governo paulista rebatizou a Rodovia dos Trabalhadores para Rodovia Ayrton Senna da Silva, morto num Dia do Trabalhador.
Melhor do que relembrar momentos tristes é recordar dos feitos do imortalizado Senna.
Os maiores feitos de Senna, segundo o canal Última Marcha (Youtube)
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