Estamos vendo mais uma tragédia causada por enchentes e o espetáculo se desenrola.
Os políticos fingem que vão tomar providências, a imprensa aborda pontos passíveis de comoção, enquanto os desabrigados enfrentam a perda de bens e de vidas de entes queridos.
Lamentam-se projetos de infra-estrutura não implementados para melhorar o escoamento da água e evitar o rompimento de barragens. Culpam-se de tudo, desde a natureza até as mudanças climáticas, passando por teorias de conspiração e notícias falsas. Mas as vítimas esperam ações efetivas, não conversa fiada. O contingente de militares, entre membros da Forças Armadas e bombeiros, está muito aquém do necessário, e a polícia não consegue impedir os saques, os roubos e a violência decorrente do caos.
Moradores de outros Estados estão temendo por inundações, também, e sabem que não podem contar com as autoridades (ir)responsáveis, quando as chuvas vierem e causarem mortes e estragos.
Estaremos condenados a ver futuras cenas de dor e sofrimento, acompanhando impotentes às redes sociais, aos portais de notícias e à televisão, mostrando corpos de adultos, idosos, crianças, animais? Pessoas desesperadas em abrigos? E as ladainhas de sempre, para fingir preocupação com essa gente, mas efetivamente só fazendo show midiático ou lançar projetos com fins eleitorais, ou culpar terceiros por causas muitas vezes feitas pelos próprios acusadores, como deixar lixo na rua ou ocupar encostas de rios ilegalmente?
Isso não pode durar indefinidamente.
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