O acidente que vitimou o presidente do Irã Ebrahim Raisi, responsável pela repressão impiedosa aos protestos pró-democracia em seu país, e também pelos primeiros ataques diretos contra Israel na História, coloca mais incertezas no futuro do país islâmico.
Raisi era cotado para suceder o todo poderoso ditador local, o líder supremo Ali Khamenei, uma manobra para evitar a nomeação do filho, Motjaba, para não parecer que o regime ultraconservador xiita esteja cedendo ao nepotismo.
O presidente do Irã morreu num acidente de helicóptero no último domingo (Getty Images) |
Enquanto isso, o Tribunal Internacional de Haia está agindo com aparente dureza contra os líderes do Hamas e contra o governo israelense pelas dezenas de milhares de mortes de civis em Gaza, enquanto boa parte dos reféns ainda está nas mãos assassinas do grupo terrorista. Os países árabes podem até imaginar Binyamin Netanyahu numa prisão aguardando julgamento, mas isso dificilmente irá acontecer. E é mais provável que os líderes do grupo terrorista sejam mortos, executados extrajudicialmente por forças de Israel, e não enfrentarem a Justiça internacional.
Tudo isso lança mais nuvens sobre o futuro da explosiva região da Ásia Ocidental, embora não contribua, a princípio, para o aumento da tensão, pois o acidente de helicóptero não foi, a princípio, causado por sabotagem, e a ação de Haia, se coloca Israel como pária internacional, não deve ser tratada com tanta importância por Tel Aviv, que deve continuar a sua incursão em Gaza para tentar destruir o Hamas.
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