Os mais idosos se lembram do primeiro carro fabricado no Brasil, o diminuto Isetta, mais conhecido como Romi-Izetta. Aliás, Romi é o nome da empresa localizada em Santa Bárbara d'Oeste, no interior paulista, e ela ainda existe.
Sua especialidade não era fazer carros, e sim máquinas industriais. Isso ocorre desde 1930, com a fundação por Américo Emílio Romi. Mas no passado sua área de atuação era mais vasta. Além de máquinas e a Romi-Izetta, a fábrica foi responsável por alguns modelos de tratores, como o Toro, um projeto com componentes 100% brasileiros.
Ela havia começado como fabricante de tratores e outros implementos agrícolas, como mostra a sua razão social antiga, as Máquinas Agrícolas Romi S/A. Depois, passou a produzir tornos de vários tipos, para aplicações industriais e comerciais. Os tornos logo se tornariam a grande especialidade, quando a razão social mudou para Indústrias Romi S/A, e mais tarde para apenas Romi S/A.
Embora tenha resistido bem às interpéries econômicas, e ser uma empresa de capital aberto com ações na Bovespa, a Romi só ficou conhecida do grande público, mesmo, por causa do carrinho, que não fez muito sucesso pela sua aparente fragilidade, mas inegável estilo. Foi produzida entre 1956 e 1961, tendo um ciclo de produção bem curto, comparado com outros modelos posteriores, todos produtos vindos de montadoras estrangeiras, como o Fusca, o Opala, o Corcel, o Gol, o Uno e a longevíssima Kombi.
A sua ação publicitária é bem limitada, a despeito de seu tamanho, tendo filiais nos Estados Unidos, no México, na Alemanha, na França e na Itália.
Esta empresa iniciada em Santa Bárbara d'Oeste mostra as potencialidades de um país que precisa valorizar sua capacidade de trabalho e dedicação. O fundador Américo Emílio Romi morreu no auge da fama da sua fábrica, em 1959, mas não ficaria sabendo dos rumos futuros. Foi homenageado dando nome a uma rodovia que liga os arredores da empresa ao município vizinho de Capivari.
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