O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Pela importância dessa profissão para formar milhões de brasileiros, muitos defendem a sua inclusão na lista de feriados, embora já haja tantos deles no Brasil. Nas instituições de ensino, há uma pausa nas atividades, embora com várias exceções, motivada pela adequação à carga horária e à necessidade de reposição de aulas.
Muitos não sabem a origem da data: 1827, quando D. Pedro I, por decreto, autorizou a construção das primeiras escolas primárias no Brasil; Apesar de ser conhecido por seu autoritarismo e estar bem longe de ser um intelectual, o primeiro imperador valorizava a educação ao seu modo, e isso contribuiu para melhorar o nível de educação - algo realmente vital, pois o analfabetismo era quase generalizado.
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Foi um dos primeiros meios para o ingresso das mulheres no mercado de trabalho, e, curiosamente, era imposta a igualdade salarial no decreto, embora na prática isso não acontecia. Os salários ficavam entre 200 e 500 mil réis, ou 200$000 - 500$000, algo difícil de converter para a nossa moeda, mas não era grande coisa, mesmo considerando o maior valor, pago nas cidades com mais recursos. O método a ser adotado, obrigatoriamente, era o Lancaster, concebido pelo pedagogo inglês Joseph Lancaster (1778-1838), considerado o mais eficiente e moderno da época para escolas sem muitos recursos, valorizando a memorização e a repetição dos conceitos, e o uso de alunos mais experientes como auxiliares para conduzir os mais novos. O método era bastante difundido na Europa, mas teve limitado sucesso no Brasil, devido às deficiências de formação dos professores e às falhas da implementação do método em um país tão vasto e sem infra-estrutura, estagnado pela economia escravista. Existe um trabalho interessante publicado no IX ANPED SUL, de 2012, sobre o tema (ler AQUI).
Salomão Becker teve a iniciativa de fazer comemorar a data, para que docentes e estudantes possam criar festividades e valorizar a importância dos profissionais de ensino. Isso ocorreu muitos anos depois do decreto imperial, ou seja, na República, culminando com o decreto n. 52.682, de 1963, colocando o Dia do Professor no calendário oficial. Originalmente, o decreto feito pelo presidente da época, João Goulart, cujo cargo estava ameaçado pela insatisfação com seu governo, instituía um feriado para estudantes, professores e funcionários. Isso, porém, é condicionado à decisão final de cada escola.
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