segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Em São Paulo, a eleição será totalmente diferente

Pablo Marçal (PRTB) se tornou o maior fenômeno eleitoral dos últimos anos e por pouco, muito pouco, não conseguiu ir para o segundo turno. Faltavam 55 mil votos, muito menos do que o número de votantes ausentes. Especula-se que o laudo falso atestando a suposta toxicomania do rival Guilherme Boulos (PSOL) tenha prejudicado a campanha do coach digital, mas a quantidade de votos ganhos o credencia para sonhar mais alto, como ele costuma pregar em seus vídeos. 

Pablo Marçal poderá alegar que não queria mesmo a Prefeitura, usando esta eleição como ensaio para a sua carreira política (Felipe Marques/Estadão)

Sem ele e seu freak show, o segundo turno será bem mais "normal", para desgosto dos inimigos de um sistema eleitoral considerado cheio de vícios. Não haverá mais agressões verbais e nem pretexto para alguma cadeirada. Não a princípio, mas neste país não se pode descartar uma reincidência. 

Boulos e o atual prefeito Ricardo Nunes vão continuar a campanha. Eles tiveram, também, quantidade de votos muito semelhante. O postulante à reeleição ganhou por uma diferença pífia; 29,48% contra 29,07%. 

Eles terão pela frente a missão de conseguir apoio de uma Câmara municipal renovada, com alguns nomes novos, como Lucas Pavanato (PL), campeão de votos (mais de 161 mil), eleito com a pauta contrária à agenda "progressista" da política atual, e também a mãe da Isabella Nardoni, Ana Carolina Oliveira (Podemos), que superou a dor da perda da filha assassinada pelo ex-marido e promete representar as mulheres e as crianças. Entre os militares, destaque para o policial Sargento Nantes (PP), da Rota, e o bombeiro Major Palumbo (PP). As celebridades, em geral, fracassaram, e só a(o) Thammy Miranda conseguiu se reeleger. 


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