quarta-feira, 9 de julho de 2014

Da série 'Copa no Brasil, parte 28' - Alemanha e Argentina de novo

Holanda e Argentina pareciam times que sentiram o feroz recado dos alemães, que estraçalharam os donos da casa. Dessa forma, o desempenho de ambos ficou seriamente afetado no jogo da Arena Itaquera. 

No jogo inteiro, os argentinos pareciam com mais vontade de ir às finais, mesmo sabendo que dessa forma não enfrentariam o seu grande rival para tentar o novo 'Maracanazo' que não voltará. A Holanda estava apática, sem aquela vontade de ser campeã do mundo pela primeira vez. O problema de ambos eram os seus craques: Messi e Robben não pareciam agir como tais. No final do jogo, os europeus aumentaram a pressão. Não deu certo. 

Devido à falta de empenho dos ataques, o jogo seguiu para as prorrogações em branco. Desta vez, porém, a Holanda parecia mais animada para tentar um campeonato inédito, mas seus ataques continuavam relativamente fáceis de neutralizar mesmo para uma defesa que não mete tanto medo quanto a da Argentina. Somente no final eles resolveram engrossar de novo, mas o placar permanecia zerado. 

Vieram os pênaltis e Romero se tornou o salvador da pátria do Cone Sul, ao salvar dois pênaltis, um deles de Sneidjer. Messi foi um dos quatro que converteram. 

Uma final européia, como muitos temiam, deixou de acontecer. Não deu para a Holanda e ela "morreu na praia" de novo. Vai disputar o terceiro lugar no Brasil. Para ambos, um prêmio de consolação. Só faltava aparecer o palhaço Bozo dizendo "Ahhh! Que peninha!" como fazia no seu programa dos anos 80 (olha a oitentolatria aí...) quando uma criança perdia uma gincana. 

Para desgosto de muitos, a Argentina foi à final, mas acabou se transformando na zebra da vez contra os poderosos alemães. Messi e seus companheiros terão uma tarefa duríssima se quiserem ganhar o tricampeonato no Maracanã e aumentar de vez a nossa "humilhação". É a terceira vez que há o confronto nas finais. Los hermanos querem repetir 1986 e não sofrer de novo como em 1990. Nas duas Copas, Maradona, o antecessor de Messi, foi o grande craque. 


P.S.: os barra-bravas se comportaram mal de novo e aumentaram os estragos na Arena Itaquera; dessa forma a Odebrecht vai ter de gastar mais alguns milhões para terminar de vez com o estádio (o Corinthians não é o dono dele, pelo menos até 2043, quando vence a carência de 30 anos e ele passa a obter a posse definitiva do lugar); quando as obras acabarem de verdade em Itaquera, provavelmente o Arena Palestra, do arqui-rival Palmeiras, já estará pronto. 

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