No segundo dia das quartas-de-final, a Argentina foi enfrentar a Bélgica, tentando parar o tal "futebol de resultados". Conseguiu, mas não convenceu, e ainda tem de enfrentar a sina de depender de Messi, ainda mais com a contusão de Di Maria, que sofreu uma distensão na coxa e ficará impedido de prosseguir na Copa. Não é uma contusão tão séria quanto a fratura sofrida por Neymar, mas o estrago para o lado dos celestes também não foi pequeno.
Como no jogo França e Alemanha, um lado fez o gol no início do jogo e o outro não teve a postura necessária para reverter o resultado. Higuaín marcou aos 12 minutos, com a assistência de Messi, quase sumido no jogo. Os belgas não se aproveitaram da "messidependência" e não pressionaram o suficiente: apenas nos 10 minutos finais conseguiram assustar os argentinos um pouco. No final, los hermanos acabaram com a maldição de sempre se darem mal nas Copas desde 1994. O último bom resultado foi em 1990, quando eles tinham Maradona, mas foram derrotados na final pela Alemanha.
Muito mais dificuldade teve o time da Holanda. Considerado por muitos o mais forte da Copa, tendo no currículo a goleada sobre a última campeã, a Espanha, ele sofreu demais com a retranca montada pela Costa Rica, a zebra-mor desta Copa. Nada dava certo. A Holanda chutou muito mais a gol, graças ao ataque comandado por Robben, mas as bolas foram bem defendidas pelo goleiro Navas, o melhor do jogo até então.
Chegaram as prorrogações e a Holanda continuava a pressionar, mas sem resultado. A Costa Rica chegou a ensaiar um ataque eficiente, que resultou no único chute a gol do time centro-americano, mas também não marcou. O improvável equilíbrio continuava, sem erros graves cometidos por nenhum dos dois times. Van Gaal trocou o goleiro titular, Cillessen, por Krul, num aparente gesto de insensatez, mas, como treinador experiente, mostrou a eficácia da medida, quando Krul, nos pênaltis, defendeu duas cobranças, de Ruiz e Umaña. Por outro lado, os cobradores da Holanda não erraram, caprichando nas cobranças para dificultar o serviço de Navas.
Tim Krul, o herói de última hora (do site Superesportes.com).
Os dois resultados consagraram os favoritos, mas se a Bélgica não mostrou todo o seu futebol contra a Argentina, a Costa Rica teve uma postura bem mais valente, e sai da Copa como a grande sensação. A partida contra a Holanda foi, de fato, a mais equilibrada das quartas-de-final.
Agora, Argentina e Holanda vão se enfrentar no Itaquerão, o estádio que já havia sofrido com o vandalismo de torcedores "barra-bravas". A seleção do país das tulipas quer estragar os planos dos argentinos e chegar ao título inédito, mesmo que seja à custa dos donos da casa.
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