O mês de julho está contribuindo para muitos brasileiros considerarem 2014 como annus horribilis.
Primeiro, a derrota mais dantesca sofrida por um time campeão do mundo diante de outro em seu próprio território, na Copa, com a reação de uma CBF incapaz de contribuir para a reconstrução do futebol brasileiro, ao nomear Gilmar Rinaldi como coordenador técnico e Dunga no comando da seleção.
Segundo, mas isso é no exterior, temos o agravamento da crise na Ucrânia e entre Israel e Faixa de Gaza, capaz de colocar toda a humanidade em perigo.
Terceiro, e mais natural do que os precedentes, embora também desagradável de se noticiar, é a morte de dois escritores de grande qualidade, num país onde a cultura é tratada como supérfluo.
Primeiro, João Ubaldo Ribeiro, o célebre contista e autor de Sargento Getúlio e A Casa dos Budas Ditosos.
Agora, temos a morte de Ariano Suassuna, um dos grandes representantes da cultura nordestina, autor de contos como O Santo e a Porca, A Farsa da Boa Preguiça, A Pedra do Reino e O Auto da Compadecida, famoso pelas aventuras de dois nordestinos picarescos que lutam para sobreviver (João Grilo e Chicó).
Ariano Suassuna (1927-2014)
Ariano Suassuna deixou este insensato mundo devido a um acidente vascular cerebral.
O Brasil vai sentir falta tanto de Ariano Suassuna quanto de João Ubaldo Ribeiro. Eles devem ser considerados grandes nomes do país, não os jogadores da nossa Seleção.
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