1. A crise no governo: o PMDB, que está tomando conta, em parte, do poder, está rachado em três facções: a de Michel Temer, mais favorável a Dilma, a de Renan Calheiros, crítica de Dilma mas com respaldo de Lula, e a de Eduardo Cunha, que mais parece oposição do que base aliada. Enquanto isso, a reforma política está em discussão, e isso é bom. O problema é ter várias propostas, sendo duas ainda piores do que o sistema vigente: o proporcional com lista fechada e sem financiamento privado, defendido pelo PT, e o tal "distritão", onde os Estados são tratados como distritos e os partidos pequenos perdem representatividade, sistema defendido por Cunha e Temer.
2. A terceirização das atividades-fim, combatida pela maioria das centrais sindicais, mas defendida pelos empresários. Este foi um dos temas que tomaram conta de quem participou das festas do Dia do Trabalhador. Dilma, que não apareceu em público no dia, mostrando seu crescente afastamento do perfil de uma chefe de Estado e de governo, já se pronunciou contra a transferência de mais setores de empresas para outras, a serem contratadas.
3. Os efeitos da repressão da Polícia paranaense contra professores que protestavam contra mudanças na aposentadoria deles. O governador Beto Richa (PSDB) agiu com grande falta de habilidade política ao permitir que a polícia agisse daquela forma. Ele alega que os "black blocs" estavam infiltrados entre os manifestantes. De qualquer forma, o governo do Paraná ficou com mais fama ainda de ser contra os professores, uma categoria que deveria ser tratada com mais zelo pelas autoridades e vista como formada por profissionais dignos e não como coitadinhos. O Brasil está ainda mais próximo de ser uma "Pátria Deseducadora".
4. O fim dos famigerados campeonatos estaduais, muito criticados por analistas do futebol. Entre surpresas como o gol salvador de Jô (satirizado não só em Minas como o atacante que não faz gols) para o Atlético-MG contra a Caldense e a vitória maiúscula do Operário de Ponta Grossa sobre o Coritiba em pleno Couto Pereira, no Paranaense, destaque para as atitudes de Eurico Miranda, o histriônico chefão do Vasco, que comemorou à sua maneira a conquista do seu clube sobre o Botafogo, e a sina do Palmeiras em não conseguir conquistar títulos (o último importante foi o da Copa do Brasil de 2012). O alviverde sucumbiu ao nervosismo, perdeu o campeonato para o Santos na Vila Belmiro, nos pênaltis, e viu Dudu, um de seus destaques, comportar-se de maneira lamentável, ser expulso, agredir o juiz (que desagradou todo mundo, aliás), e correr o risco de ficar até seis meses sem jogar.
5. O terremoto no Nepal no mês passado ainda gera muita repercussão, devido ao número de mortes que não para de subir. Mais corpos são encontrados, e a chance de encontrar sobreviventes é mínima, mas houve o milagre de terem encontrado um homem ancião de alegados 101 anos com vida e somente algumas escoriações depois de uma semana debaixo dos escombros.
6. Por fim, o nascimento de Charlotte Elizabeth Diana, a filha do príncipe William e de Kate Middleton, respectivamente duque e duquesa de Cambridge. A menina nasceu um pouco após o esperado (estava aguardada para o final do mês passado), e já é a quarta na linha de sucessão da coroa britânica, atrás apenas:
- do príncipe Charles, seu avô;
- do príncipe William, seu pai;
- do príncipe George, seu irmão.
Isso se a monarquia sobreviver à rainha Elizabeth II, que ainda não dá mostras de fraqueza apesar dos seus quase 89 anos.
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