Foi aprovada no Senado a MP 668, que aumenta o preço de mercadorias importadas, a pretexto de "proteger a indústria nacional".
A incidência do PIS-Pasep vai de 1,65% para 2,1%, enquanto a do Cofins aumentou ainda mais: de 7,5% para 9,65%. Os dois tributos, nominalmente, servem para pagamento de direitos trabalhistas e Previdência, respectivamente.
Além de protecionista, a medida faz parte da "fúria arrecadatória" do governo, que não cumpre a sua parte de cortar gastos de verdade em setores desnecessários.
Como resultado de tudo isso, veremos os preços dos produtos subirem, e não só os importados, mas os seus congêneres nacionais.
P.S.: A Câmara continua a votar a reforma política, e houve avanços: o financiamento de empresas passa a ser regulamentado, mas vai ser apenas para partidos políticos e não diretamente para os candidatos, diluindo a ação do poder econômico nas campanhas e diminuindo a necessidade de fazer "caixa dois"; candidatos só podem receber doações de pessoas físicas. O PT foi fragorosamente derrotado, pois defendia o financiamento público. Além disso, a casuística emenda que permitia a reeleição de cargos do Executivo, antes defendida pelo PSDB e aprovada mediante corrupção (pois é, houve, sim, roubalheira no governo FHC, e não foi pouca, mas no PT a situação piorou muito), foi revogada, com a ajuda dos principais beneficiários: tucanos e petistas. Enquanto isso, o presidente da Câmara e seus correligionários continuam com a ideia fixa de construir um "shopping center", como se isso fosse uma prioridade e não uma ideia extravagante cuja verba não virá apenas da iniciativa privada.
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